Maluhy Filho quer Itaú Unibanco (ITUB4) na vanguarda da inteligência artificial

CEO debateu como Roberto Setubal sobre a necessidade de o banco se adaptar a diferentes cenários de forma ágil para seguir competitivo

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco. Foto: Bufalos
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco. Foto: Bufalos

O desenvolvimento da inteligência artificial trará mudanças profundas na indústria bancária e o Itaú Unibanco (ITUB4) tem de estar na frente, disse o presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho.

“A inteligência artificial pode ser muito mais transformacional do que a tecnologia já foi”, disse ele nesta quinta-feira (9).

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“Temos que estar na vanguarda desse processo”, acrescentou o executivo durante painel com o copresidente do conselho do Itaú Roberto Setubal. A análise se deu no Macro Vision, evento anual do Itaú BBA.

De acordo com Maluhy Filho, transformações tecnológicas e culturais aceleradas desde a pandemia já têm exigido que o banco mude mais rápido.

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Como resultado disso, o Itaú tem adaptado sua equipe para competir num ambiente em que vantagens comparativas do passado, como a rede de agências, são menos relevantes.

Dentre os indicadores que mostram essa transformação, ele citou o fato de aproximadamente 70% das plataformas do banco estarem rodando na tecnologia em nuvem.

Além disso, cerca de 17 mil funcionários – quase 20% do total do Itaú – trabalham na área de tecnologia. Mais de 250 deles são cientistas de dados.

Maluhy Filho contou ainda que cerca de 40% dos quase 98 mil funcionários entraram no Itaú depois da pandemia e que esse público tem aspirações diferentes, demanda mais autonomia e espaço para empreender.

Roberto Setubal

Para Roberto Setubal, o banco já vem se adaptando a transformações tecnológicas e culturais nas últimas décadas, o que de alguma forma aumenta a capacidade da instituição de reagir num ambiente de negócios volátil como o brasileiro.

Segundo ele, a evolução tecnológica trouxe oportunidades de ganho de produtividade.

“Mas eu não acredito em reduzir o número de funcionários para ganhar produtividade”, afirmou o chairman, que foi CEO do banco por 23 anos.

“A tecnologia permite ofertar mais serviços a custos menores”, disse.

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