Lucro do Itaú sobe 14% no 2º tri, com mais crédito a pessoas físicas

Banco também anunciou o pagamento de juros sobre o capital próprio no próximo dia 25

Logo Itaú em agência do Rio de Janeiro. REUTERS/Sergio Moraes
Logo Itaú em agência do Rio de Janeiro. REUTERS/Sergio Moraes

O Itaú Unibanco (ITUB4) teve o lucro do segundo trimestre reforçado pelo crescimento do crédito e pelo resultado do foco em linhas mais lucrativas, como o empréstimo pessoal. O maior banco da América Latina em ativos anunciou nesta segunda-feira (7) que seu lucro de abril a junho somou R$ 8,74 bilhões, um aumento de 13,9% ante o mesmo período de 2022.

Segundo o Broadcast, serviço de informações em tempo real do Estadão, o lucro do Itaú veio em linha com a previsão média de analistas.

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Já de acordo com o consenso Refinitiv, provedor de dados financeiros, o resultado do Itaú ficou acima do esperado. O Refinitiv previa lucro líquido de R$ 8,652 bilhões no período.

Carteira de crédito

No fim de junho, a carteira de crédito expandida do Itaú somava R$ 1,15 trilhão, aumento de 6,2% em 12 meses.

Em destaque, o crédito pessoal avançou 20,8% no período, enquanto a carteira de financiamento imobiliário teve incremento de 17%.

Linhas com melhores margens, como de cheque especial e crediário, também evoluíram.

Com isso, a margem com clientes teve expansão de 13,4% ano a ano, para R$ 24,9 bilhões.

Inadimplência

O índice de inadimplência acima de 90 dias, que mede a qualidade da carteira, foi de 3% no trimestre, ante 2,9% no trimestre imediatamente anterior e os 2,7% de um ano antes.

Em outra frente, o chamado custo de crédito, que mede as provisões para perdas esperadas com calotes menos a recuperação de valores em atraso, somou R$ 9,4 bilhões, um aumento de 25,3% no comparativo anual.

No relatório, o Itaú explicou que a maior despesa com provisões para essa linha foi compensada em parte por maiores receitas com recuperação de prejuízo no trimestre.

Perdas crescentes com inadimplência têm pressionado os resultados dos bancos, na esteira de um cenário de inflação e juros elevados, o que erodiu a renda de famílias e as receitas das empresas.

O Santander Brasil (SANB11) teve queda de 43,5% no lucro do período, enquanto o do Bradesco (BBDC4) encolheu 36% no comparativo anual, ambos refletindo baixo crescimento do crédito e maiores despesas com provisões para perdas com calotes.

O Itaú afirmou que seu resultado foi favorecido também por maiores receitas com seguros e o desempenho na tesouraria.

Porém, a receitas de serviços, de R$ 10,36 bilhões no trimestre, caiu 1,3% ano a ano, embora tenha crescido 0,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano.

Esse conjunto todo levou o Itaú a uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido, índice que mede como um banco remunera os capital de seus acionistas, de 20,9%, 0,2 ponto a mais do que um ano antes.

Previsões

O banco alterou duas previsões para seu desempenho em 2023.
Numa mão, a estimativa de crescimento para as receitas com serviços e seguros passou da faixa de 7,5% a 10,5% para a 5% a 7%.

Por outro lado, espera pagar uma alíquota de impostos menor, de 27% a 29%, ante previsão anterior, de 28,5% a 31,5%.

Por fim, o Itaú informou que seu conselho de administração aprovou pagar juros sobre o capital próprio líquidos de R$ 0,226355 por ação, no próximo dia 25.

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