De Faith No More ao Rei Midas: as lições épicas para os seus investimentos
Ter ambição é bom, mas é preciso cuidado para não cair em arrependimentos e frustrações
Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante. Conjunções coordenativas de adversidade: palavrinhas-chave que são, muitas vezes, usadas como uma placa de retorno na oração, ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. Porém, outras vezes, podem ser usadas como um ponto de exclamação que avisa e ressalta sobre alguma meia verdade na sentença. E o que tudo isso tem a ver com investimentos? É o que vamos ver a seguir.
Assim, também são usadas por alguns quando elaboram uma frase previamente afirmativa e desfazem todo o sentido inicial de forma suave e polida.
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Ah… A gramática nos proporciona muitas figuras de linguagem em que os advérbios se encaixam como luvas. Sim, uns classificam como conjunções, outros com vocábulos “adicionados aos verbos” colocando na gaveta de advérbios. Isso porque músicas também são carregadas de elementos de adversidade:
“You can touch it, smell it, taste it so sweet
But it makes no difference cuz it knocks you off your feet.”
De que adianta tocar, cheirar ou até provar se não fará a menor diferença porque vai te paralisar e você perderá os sentidos?
Neste sentido, será uma linha do grande rock Epic, da banda Faith No More, que podemos relacionar à parábola do Rei Midas? Afinal, este é um personagem da mitologia grega conhecido por sua ambição exagerada, que quase o levou a morte.
Primeiramente, Midas era o rei da Frígia, localizada na Ásia Menor (atual Turquia). Dessa forma, foi agraciado por Dioniso com a realização de um pedido por ter cuidado e tratado bem Sileno, seguidor e companheiro desse deus.
Então, ele pediu para que tudo que tocasse fosse transformado em ouro, porém (olha o adversativo aqui também), a alegria rapidamente se converteu em desespero. Isso porque, ao tocar um pedaço de pão, ele endureceu e tornou-se ouro, e a água tornou-se ouro líquido, o que a tornou impossível de ser bebida.
Então, até o simples ato de dormir se tornou desafiador porque sua cama macia tornou-se uma estrutura fria e dura. Contudo, Midas percebeu que ele deveria pedir que sua solicitação fosse desfeita ou então morreria de inanição. Contudo, o rei da Frígia foi atrás de Dioniso para pedir a reversão, o que prontamente foi feita.
Cuidado com o que você deseja
Aliás, quais são as lições que a coluna Rock n’ Pocket tira de tal adversidade explícita pelo Faith No More e pela história do Rei Midas? Certamente uma lição: cuidado com o que você pede, anseia e ambiciona.
Neste caso, o Rei logo se arrependeu do pedido, pois isso se tornou uma maldição. E de que adianta ambicionar se ao “encostar’ isso vai te paralisar?
De todo modo, ambição sem um pitado de razão pode aumentar a frustração e isso, claramente, pode se perceber ao estabelecer seus objetivos e as formas de realizá-los. Vou voltar às conjunções adversativas e a letra de Epic para ilustrar:
“You want it all but you can’t have it
It’s in your face but you can’t grab it”
Em investimentos, queremos mais rentabilidade sem risco e com liquidez total. Você quer tudo, MAS você não pode ter. Está na sua cara, MAS você não consegue agarrar….
Da gramática ao Rei Midas, de adversativa até a Asia Menor, de Faith No More a equilíbrio na ambição para não se imaginar abraçando o mundo e paralisar por não conseguir atingir tudo que busca em seus investimentos! Acostume-se porque às vezes é mágico, às vezes é trágico, às vezes há prejuízos, CONTUDO, em investimentos, a busca é para que tenhamos muito mais vitórias e sem arrependimentos ou frustrações.
“It’s magic, it’s tragic, it’s a loss, it’s a win
You want it all but you can’t have it
It’s in your face but you can’t grab it
What is it?
It’s it “
*Texto escrito por Eduardo Forestieri, CFP, para o feed de notícias do íon Itaú, onde o artigo foi publicado originalmente. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.