Itaú BBA vê tese de investimento na Petrobras (PETR4) mais arriscada
Banco avalia que mudança profunda na política de preços pode ter 'efeito dramático' no balanço da companhia
Ainda é cedo para dizer quais efeitos uma possível mudança na política de preços no próximo governo terá nas ações da Petrobras (PETR4), diz o Itaú BBA. O banco pontua que qualquer modificação mais profunda é um risco significativo para a tese de investimentos da companhia.
Os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello escrevem que qualquer proposta que desconecte os preços domésticos da referência internacional terá consequências na dinâmica de oferta de combustíveis e as dinâmicas competitivas de distribuição no país.
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“Por conta da incerteza sobre a política de preços e os impactos potenciais em cenários mais extremos, acreditamos ser cedo para afirmar que os patamares de preços atuais estão descontados o suficiente para acomodar todos os riscos possíveis”, comentam.
Na opinião do Itaú BBA, não há solução fácil para blindar os preços dos combustíveis da volatilidade internacional. Se os preços forem definidos com base nos custos de produção, ficaria longe da paridade internacional e não considera a implementação de custos de oportunidade, o que teria efeito dramático no balanço da Petrobras.
O Itaú BBA tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 38 para as ações preferenciais (PETR4). Os papéis eram cotados na faixa de R$ 22,75 nesta terça-feira.