IRB (IRBR3): BB Investimentos avalia que ‘pior já passou’ e que 2023 deve ser ‘ano de virada’
Banco manteve a recomendação neutra para as ações da companhia, mas elevou preço-alvo de R$ 26,60 para R$ 36,70
O BB Investimentos reiterou a recomendação neutra para a ação do IRB Brasil Resseguros (IRBR3), mas elevou o preço-alvo em 12 meses para R$ 36,70, ante a estimativa anterior de R$ 27,60. A casa de análise reiterou a avaliação “de que o pior já passou e de que 2023 deve ser um ano de virada para a companhia”.
No entanto, os analistas do BB Investimentos ressalvam haver possibilidade de ocorrerem novas surpresas negativas. “Necessitaremos de mais alguns sinais positivos até nos tornar realmente confiantes em sua recuperação”, ponderaram em relatório.
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A casa considerou positivo o resultado do IRB no primeiro trimestre de 2023. O ressegurador apresentou um lucro líquido de R$ 8,6 milhões, 89,3% menor do que no primeiro trimestre do ano passado, quando apresentou R$ 80,5 milhões.
A estrutura desse resultado, porém, indica uma evolução da empresa. Segundo os analistas, itens não recorrentes distorceram as bases de comparação.
Neste ano, o grupo ressegurador fechou um acordo no valor de US$ 5 milhões celebrado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). O acerto se refere à informação inverídica divulgada em 2020 de que a empresa Berkshire Hathaway integraria a base acionária da companhia.
O pagamento da penalização prejudicou o resultado líquido em R$ 25,4 milhões. Conforme o relatório, no primeiro trimestre de 2022, ganhos de ações judiciais beneficiaram o resultado financeiro em R$ 150,2 milhões, distorcendo a base comparativa.
Quando se normalizam os resultados dos itens não recorrentes, o lucro líquido de janeiro a março deste ano teria sido de R$ 34 milhões contra um prejuízo líquido de R$ 54,5 milhões no mesmo período de 2022.
O BB Investimento também afirmou ter observado “avanços significativos em mais linhas divulgadas neste trimestre”.
Por fim, a casa citou o resultado positivo de R$ 3,7 milhões de underwriting, o primeiro após sete trimestres negativos, reflexo da descontinuação gradual dos contratos antigos que prejudicavam o portfólio; o índice de sinistralidade em 77,3%, menor patamar desde o primeiro trimestre de 2021; e a continuidade na redução dos índices combinado e combinado ampliado, o que representa melhor relação entre receitas e despesas nos desempenhos operacional e financeiro da companhia.