O peso do IPCA no seu orçamento: veja o que está mais barato e o que está mais caro em 2023

A Inteligência Financeira destaca o que tem aliviado e o que tem pressionado o bolso do brasileiro até aqui

Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O IBGE informou nesta terça-feira (12) que o IPCA ficou em 0,23% em agosto e chegou a uma alta acumulada de 3,23% em 2023.

Para efeito de comparação, no mesmo período de 2022, a inflação oficial brasileira apresentou uma queda de 0,36% e somava uma taxa de 4,39% considerando os oito primeiros meses do ano.

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Mas esses são os números frios do índice de preços ao consumidor. Qual tem sido o impacto direto no bolso dos brasileiros até aqui em 2023?

A seguir, a Inteligência Financeira lista o que ficou mais barato e o que está mais caro no ano.

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Comer em casa ou fora?

Os dados do IPCA mostram uma deflação de 0,31% no grupo alimentação e bebidas de janeiro até agosto.

As maiores quedas no período ficaram por conta de óleo e gordura (-17,35%); tubérculos, raízes e legumes (-15%); carnes (-9,65%); aves e ovos (-6,30%).

Subiram menos que o índice geral: frutas (1,47%); bebidas e infusões (2,42%); cereais, leguminosas e oleaginosas (2,73%); leites e derivados (3,06%) e panificados (3,07%).

Já as maiores altas vieram de açúcares e derivados (5,32%); sal e condimentos (4,90%) e alimentação fora do domicílio (3,85%)

Hora de comprar uma nova TV?

Seguindo no detalhamento do IPCA, o grupo artigos de residência variou 0,06% até agosto, com destaque para a deflação de 8,11% nos preços de TV, som e informática.

Utensílios e enfeites ficaram estáveis (0,08%), enquanto eletrodomésticos e equipamentos (0,51%) e cama, mesa e banho (1,13%) apresentaram altas leves.

Consertos e manutenção avançaram 2,86% e a maior alta ficou por conta de mobiliário (3,72%).

Renovando o guarda-roupa

Ainda abaixo do IPCA geral, o grupo vestuário acumula uma alta de 1,71% em 2023. A maior pressão tem sido de calçados e acessórios (4,22%).

A roupa masculina ficou 2,34% mais cara, na contramão da feminina, que tem uma baixa de 0,23% até aqui.

Os preços das peças infantis oscilaram 0,35%.

Joias e bijuterias somavam uma variação de 1,29%.

Custo do carro próprio

Conforme os números do IBGE, os grupos habitação (3,70%) e transportes (4,50%) estão acima do índice geral no ano.

O preço dos combustíveis está 9,28% mais alto, enquanto outros gastos com veículo próprio avançaram 4,08%.

Por outro lado, os custos com transporte público apontaram uma deflação de 2,74%.

Em casa, a energia elétrica somava alta de 7,35%. Já aluguel e taxas aceleravam 4,16% entre janeiro a agosto.

Plano de saúde e cursos pesam no bolso

Por fim, os grupos que têm afetado mais o orçamento dos brasileiros em 2023 são saúde (5,76%) e educação (7,85%).

Plano de saúde (8,24%), produtos farmacêuticos (5,39%) e serviços médicos e dentários (4,95%) cresciam acima do IPCA geral.

Enquanto isso, no campo de ensino, cursos regulares (8,36%), leitura (7,24%), papelaria (6,73%) e cursos diversos (5,68%) também superavam a taxa de inflação no ano.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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