IPCA-15 sobe 0,13% em setembro, abaixo do piso das projeções

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial no país – subiu 0,13 % em setembro, após alta de 0,19% em agosto, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Assim, em setembro de 2023, o IPCA-15 tinha subido 0,35%. A taxa é a menor desde 2022, quando teve deflação de 0,37%.

No entanto, o resultado ficou abaixo da mediana das 32 projeções de analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data.

Elas estimavam alta de 0,28% em setembro, e também abaixo do piso das estimativas, cujo intervalo das estimativas ia de alta de 0,14% a 0,33%.

Alta acumulada

Com o dado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 4,12% em 12 meses.

Até agora, o resultado em 12 meses era de 4,35%. Já o resultado acumulado do IPCA-15 no período de janeiro a setembro de 2024 atingiu 3,15%.

O resultado em 12 meses ficou abaixo da mediana das 29 estimativas coletadas pelo Valor Data, que era de 4,28%.

Além disso, ficou abaixo do piso das projeções, que iam de 4,13% a 4,33%.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2023 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

Energia puxou aceleração

A energia elétrica foi a principal influência para a alta do IPCA-15 em setembro, com variação de 0,84% e impacto de 0,03 ponto percentual.

O aumento foi influenciado principalmente pela vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro.

Metodologia

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos.

O indicador abrange nove regiões metropolitanas (Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba), além das cidades de Brasília e Goiânia.

A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica.

Com informações do Valor Econômico