IPCA-15 de março: o que esperar após a gangorra da inflação no começo de 2025?
Preços de energia, combustíveis e alimentos novamente estarão no foco

A menor taxa de inflação para janeiro desde a implantação do Plano Real foi sucedida pelo maior índice para fevereiro desde 2016. Diante dessa gangorra nos primeiros dois meses de 2025, o que esperar do IPCA de março?
Pelo consenso do mercado financeiro, haverá um ponto de equilíbrio ante as leituras anteriores. O Boletim Focus estima uma taxa de 0,57% no mês.
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Isso depois da variação de 0,16% em janeiro e da disparada de 1,31% em fevereiro.
Então, nesta quinta-feira (27), o IBGE divulga o IPCA-15 de março. A prévia já deve trazer os números menos apertados da inflação.
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“Esperamos que registre alta de 0,68% m/m (5,30% a/a), desacelerando em relação à leitura de fevereiro (1,23% m/m). A desaceleração é, em grande parte, puxada pela eliminação de fatores sazonais e não recorrentes que pressionaram a inflação em fevereiro, principalmente nos segmentos de eletricidade, educação e combustíveis”, aponta o BTG Pactual em relatório.
“Dito isso, também esperamos uma desaceleração na inflação dos bens industriais. Já a dinâmica dos serviços, por outro lado, deve continuar desfavorável, com uma aceleração no núcleo de serviços”, acrescenta o banco.
Para o Bradesco, também em relatório, o IPCA-15 de março deve registrar alta de 0,71%, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de alimentos consumidos no domicílio e passagens aéreas.
“Por outro lado, espera-se uma desaceleração nos preços da gasolina, devido ao fim do repasse do ICMS, e na energia elétrica, após o impacto pontual do bônus de Itaipu em fevereiro”, sinaliza o banco.
IPCA em 2025
No início da semana, o Boletim Focus indicou pela segunda semana seguida um alívio (ou estabilização) na projeção para o IPCA no fim de 2025. O índice de inflação oficial estimado no acumulado do ano caiu de 5,66% para 5,65%.
Relatório do Inter corrobora a perspectiva, ainda que o banco tenha elevado a previsão de 5,2% para 5,4%.
“A desaceleração da atividade, respondendo à política monetária mais restritiva, deve aliviar a atual pressão inflacionária, principalmente nos setores de serviços, e o mercado de trabalho também dá sinais de arrefecimento”, avalia a instituição.
“A apreciação do câmbio também traz alivio no curto prazo, reduzindo novos repasses de itens mais voláteis como energia e alimentos”, completa o banco.