IPCA acelera a 0,56% em outubro; inflação em 12 meses vai a 4,76% e supera teto da meta

Resultado acima das projeções foi puxado pela energia elétrica e pelo preço da carne

Torres de linha de transmissão de energia. Foto: Pawel Kopczynski/Reuters

O IBGE informou nesta sexta-feira (8) que o IPCA avançou 0,56% em outubro de 2024. Dessa forma, o índice ficou acima da taxa de 0,44% observada em setembro.

O número também superou as projeções do mercado financeiro, de alta de 0,54% no mês.

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Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,76% ante 4,42% da leitura anterior.

Logo, está acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central para 2024, de 4,50%.

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Por dentro do IPCA de outubro

Conforme o IBGE, a energia elétrica residencial mais cara (4,74%) e o aumento das carnes (5,81) pressionaram o IPCA em outubro.

Assim, entre os grupos, as maiores altas mensais vieram de habitação (1,49%) e alimentação e bebidas (1,06%).

Em termos de impacto geral, ambos exerceram influência de 0,23 ponto percentual no índice fechado.

A bandeira vermelha patamar 2 puxou a alta na conta de luz na passagem de setembro para outubro.

Já acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%) foram os cortes que encareceram no período.

“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, destaca o IBGE.

Queda nas passagens aéreas

Por outro lado, o IBGE aponta que houve deflação no grupo transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no IPCA de outubro.

As passagens aéreas, com queda de 11,50% nos preços e 0,07 p.p. de impacto no índice geral, aliviaram o bolso dos brasileiros.

Trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) também contribuíram para o resultado negativo do grupo.

As baixas do subitens é explicada em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que ocorreram em outubro.

Por último, em relação aos combustíveis (-0,17%), houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%). Enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.

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