Boletim Focus: previsão do BC para IPCA de 2023 cai de 4,49% para 4,46%

Para 2023, valor da inflação está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central pelo 3º ano consecutivo

Movimento de consumidores em supermercado. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Movimento de consumidores em supermercado. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A expectativa para a inflação deste ano recuou mais uma vez no Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (26) pelo Banco Central. A projeção para 2023 passou de 4,49% para 4,46%. Um mês antes, a mediana era de 4,53%.

Para 2024, foco da política monetária, a projeção passou de 3,93% para 3,91%. Há um mês, também era de 3,91%.

Considerando as 104 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 passou de 4,48% para 4,45%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,93% para 3,90%, considerando 103 atualizações no período.

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Para 2025, que também está no foco das decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50% pela 22ª semana consecutiva – o que evidencia a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também seguiu em 3,50%, pela 25ª semana seguida.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo e também superam o alvo central de 3,0%.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em dezembro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, abaixo dos 3,6% da reunião anterior, de novembro. Para 2025, seguiu em 3,2% no modelo. Para 2023, a projeção foi atualizada de 4,7% para 4,6%. O colegiado reduziu a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,75% ao ano.

Estimativa para a Selic no fim de 2024 também cai

O Boletim Focus também registou que o mercado reduziu a mediana para a expectativa de Selic terminal no atual ciclo de flexibilização, de 9,25% para 9,00% ao fim de 2024. Há um mês, a estimativa era de 9,25%. Considerando apenas as 87 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 se manteve em 9,00%.

Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,75% ao ano. O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões – no plural. Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou que essa mensagem vale para dois encontros – de janeiro e março de 2024.

No encontro deste mês, o Copom repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

No Boletim Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 8,50%, ante 8,75% de um mês antes. Para 2026, a projeção seguiu em 8,50% pela 21ª semana consecutiva.

Com informações do Estadão Conteúdo

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