IF Hoje: Balanço da Netflix (NFLX) e liberação de petróleo nos EUA devem mexer com mercado
Investidores estão mais animados com perspectivas para empresas de tecnologia
Duas notícias que saíram na noite de terça-feira (18) devem mexer com o mercado financeiro nesta quarta (19).
A primeira é o balanço da plataforma de streaming americana Netflix (NFLX), que surpreendeu positivamente. A empresa teve um crescimento de 2,4 milhões de usuários em sua base no terceiro trimestre do ano, muito mais do que o 1 milhão que havia previsto. As receitas ficaram em US$ 7,93 bilhões (R$ 41,8 bilhões pela taxa de câmbio do dia), superando as projeções de US$ 7,84 bilhões (R$ 41,3 bilhões), e o lucro por ação atingiu US$ 3,10 (R$ 16,34), contra expectativas de US$ 2,13 (R$ 11,2).
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Os investidores vinham preocupados com a Netflix, que parecia ter batido no teto após um crescimento vertiginoso nos últimos anos. Mas os números do terceiro trimestre do ano os reanimaram. No pós-mercado, em Nova York, a ação da plataforma chegou a subir 14%.
A euforia deve acabar contagiando outras empresas do setor, as quais caíram bastante recentemente com o aumento dos juros em todo o mundo. A alta das taxas deixou as aplicações em renda fixa mais atraentes, desencorajando os investimentos na Bolsa, especialmente nos papeis das companhias de tecnologia. Essas empresas são tidas como mais arriscadas, porque seu negócio tem grandes chances de dar errado. Quando a Netflix consegue se recuperar de uma fase ruim e mostra que ainda tem gás para avançar, acaba deixando o mercado mais otimista com todas essas ações.
A outra notícia de impacto é a de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai liberar até 15 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas do país. Como o embargo da União Europeia ao petróleo russo entra em vigor em 5 de dezembro, Biden pretende reduzir um pouco a volatilidade nos preços, que pressiona a inflação e deixa os americanos apreensivos. Em pleno inverno, o aumento do combustível, usado para aquecer as casas, é assustador. Neste ano, os EUA já usaram 165 milhões de barris das reservas estratégicas.
A perspectiva de mais petróleo irrigando o mercado deve contribuir para segurar um pouco os preços. Na terça (18), o barril do combustível tipo WTI, que é o produzido nos EUA, subiu 1,51%, negociado a US$ 84,07 (R$ 443). Está no meio do caminho entre o pico de US$ 119 (R$ 627,10) atingido em maio e o vale, de US$ 65 (R$ 342,50), de dezembro de 2021.
Com os preços mais comportados, não existe espaço para as ações das petroleiras, como a Petrobras, subirem muito. Esses papeis podem ter um ajuste de preços no pregão desta quarta (19).
Agenda do dia
- 6h – Zona do Euro: Índice de Preços ao Consumidor (setembro)
- 9h30 – EUA: Licenças de construção (setembro)
- 15h – EUA: Livro Bege
- 20h30 – EUA: Discurso de Jim Bullard, presidente da sucursal de Saint Louis e membro do comitê de política monetária do Fed
- 22h15 – China: Taxa básica de juros