Pontos da bolsa: por que eles são o termômetro dos investidores?

Desempenho do Ibovespa B3 ajuda no gerenciamento de riscos e serve como referência para fundos de ações

B3: painel mostra desempenho do Ibovespa. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
B3: painel mostra desempenho do Ibovespa. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Nos noticiários de economia, é comum ver informações sobre os pontos da bolsa. De modo mais específico, por exemplo, é possível dizer que em 1º de novembro o Ibovespa (IBOV B3) fechou em 128.120,75 pontos.

O que pode não ser tão óbvio é que os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para a composição e gerenciamento de uma carteira. Confira a seguir as explicações do professor da B3, Eduardo Becker.

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O que é o Ibovespa?

O Ibovespa (IBOV B3) é uma carteira teórica de ativos, composta por ações e units de empresas listadas na bolsa. Para fazer parte do IBOV B3, as companhias precisam atender critérios metodológicos.

Eduardo Becker explica que embora o IBOV B3 não inclua todas as empresas listadas na bolsa, o indicador leva em conta as mais negociadas. “Isso mostra quais são as empresas com maior potencial de valorização, já que suas ações possuem alta liquidez”, conclui Becker.

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As companhias que fazem parte do IBOV B3 representam cerca de 80% do volume financeiro do mercado de capitais, por isso o índice serve como um termômetro aos investidores.

Além disso, o IBOV B3 é uma referência para as carteiras dos investidores, que podem se basear nas empresas inclusas no Ibovespa B3 para escolher em quais investir. Mas para analisar o conjunto do índice é necessário entender como os pontos funcionam.

O que são os pontos do Ibovespa?

Quando o Ibovespa foi criado, em 1968, totalizava 100 pontos. Hoje, sua pontuação está no patamar dos 130 mil. O crescimento acompanha as mudanças na composição da carteira.

A pontuação do Ibovespa B3 varia diariamente, acompanhando o desempenho do dia de todas as empresas que fazem parte do índice. Portanto, “ganhos e perdas são incrementais à pontuação final do IBOV B3”, explica Becker.

Apesar da flutuação diária, Becker sugere que se adote um período maior que um dia para avaliar seus investimentos.

“Uma estratégia para um perfil conservador de renda variável seria adotar para sua carteira uma volatilidade menor que a do Ibovespa. Já um perfil arrojado, mais tolerante a riscos, pode ter volatilidade maior”, analisa Becker.

Para tomar a volatilidade do IBOV B3 como referência, Becker recomenda o período de um ano, ou seja, observar como a pontuação do Ibovespa se comportou ao longo desse tempo. Entretanto, o professor lembra que podem ser adotados outros períodos, de acordo com os objetivos de cada investidor.

A evolução histórica do Ibovespa B3 está disponível para consulta no site da bolsa. Já para adequar uma carteira de investimentos, é sempre uma boa ideia contar com ajuda profissional.

Fundo ativo x fundo passivo

Outro modo de usar a pontuação do IBOV B3 é por meio de sua replicação em um fundo de ações.

Um fundo passivo, como o BOVA11, replica o IBOV B3. Isso quer dizer que o rendimento dos investidores será igual ao do índice.

Já um fundo ativo escolhe uma carteira diferente do Ibovespa, na tentativa de trazer um rendimento maior aos investidores. No caso dos fundos ativos, é comum que as gestoras cobrem taxas de performance.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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