Ibovespa tem a pior semana do ano
No acumulado da semana, o Ibovespa caiu 2,67%; no ano, os ganhos são de 12,88%
A B3, Bolsa de Valores brasileira, teve mais um pregão de queda, registrando a maior queda semanal desde novembro passado. Nesta sexta-feira (8), o Ibovespa, principal índice acionário do país, caiu 0,45%, para 118.322 pontos.
O Ibovespa foi amplamente pressionado pelos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que superaram com folga as estimativas dos analistas de mercado. Diante das expectativas de que o Banco Central precisará avançar ainda mais em seu ciclo de aperto monetário e com as pressões inflacionárias corroendo parcela maior da renda dos brasileiros, as ações ligadas ao mercado doméstico e aquelas sensíveis às taxas de juros voltaram a apresentar um pregão bastante negativo.
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Pela ótica global, a semana foi marcada pelo endurecimento da linguagem dos membros do banco central americano sobre a retirada dos estímulos monetários no país, também em meio às pressões inflacionárias elevadas. Neste contexto de menor disposição à tomada de risco e após três semanas de ganhos expressivos, os investidores realizaram lucros no Ibovespa, levando o índice à pior semana de 2022.
As piores quedas do dia foram de varejistas. A divulgação de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 1,62% em março, o maior índice para o mês desde 1994, fez os investidores apostarem em uma alta maior de juros nos próximos meses. A ação da Via, que controla as Casas Bahia e o Poto Frio, perdeu 7,93%, cotada a R$ 3,60. A da Americanas recuou 7,72%, a R$ 28,58, e a do Magazine Luiza caiu 6,55%, para R$ 6,13.
O entre as altas foi da Eletrobras, cujas ações têm avançado de modo expressivo nos últimos dias com as expectativas dos investidores de que a companhia seja privatizada ainda neste ano. Os papéis ordinários da companhia subiram 5,3%, cotados a R$ 42.