No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%
Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (31) e o que movimentou os ativos
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Em um dia de maior aversão a risco no mercado americano alimentado pela decepção com os balanços da Microsoft e da Meta Platforms, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,71%, aos 129.713 pontos, perdendo os 130 mil pontos.
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O índice oscilou entre os 129.642 pontos e os 130.798 pontos. No mês de outubro, o índice recuou 1,59%.
Ibovespa hoje
A reação mais negativa dos agentes aos balanços de Bradesco e Ambev também pesou na performance do índice hoje.
Últimas em Ibovespa
A queda de 4,39% nas ações PN do banco ficou entre as maiores do Ibovespa. Os papéis fecharam a R$ 14,37.
Já as ações da Petrobras embalaram uma leve alta perto do fim do pregão. O papel PN da petroleira avançou 0,17%, a R$ 35,91, enquanto o ON subiu 0,46%, a R$ 39,06.
Sem novidades concretas da Fazenda sobre as medidas de corte de gastos, as incertezas fiscais continuam na mira dos investidores.
O volume financeiro do índice foi de R$ 16,0 bilhões e de R$ 20,9 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar à vista exibiu valorização contra o real na sessão desta quinta-feira, dando sequência e encerrando um mês de fraqueza do real.
Sem vetores locais hoje e com a curva de juros americana mais contida, o desempenho ruim da moeda brasileira pode ter sido mais uma vez relacionado aos ajustes dos agentes financeiros à espera das eleições americanas.
Outras moedas ligadas a commodities também depreciavam perto do fechamento do mercado à vista, como era o caso da coroa norueguesa, do peso colombiano e do dólar canadense.
No mês de outubro, o dólar teve sua segunda maior valorização contra o real no ano, avançando 6,14%, atrás apenas de junho, quando apreciou 6,46%.
Terminadas as negociações de hoje, o dólar comercial fechou negociado em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,7813, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,7540 e tocado a máxima de R$ 5,7939.
Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,49%, a R$ 6,2889, acumulando valorização de 3,71% em outubro.
No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,09%, aos 103,900 pontos perto das 17h20.
Bolsas de Nova York
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Em um pregão amplamente negativo para as empresas de tecnologia, cujas ações enfrentaram perdas relevantes nesta quinta-feira, os mercados acionários americanos encerraram o dia em queda e, assim, amargaram um movimento de baixa no acumulado do mês de outubro.
As ações da Microsoft (-6,05%) e da Meta Platforms (-4,09%) despencaram na sessão, mesmo após resultados mais fortes que o esperado no terceiro trimestre, na medida em que o “guidance” das companhias frustrou os investidores e provocou uma realização de lucros em Wall Street.
Nesta quinta-feira, o índice Dow Jones encerrou em queda de 0,90%, aos 41.763,19 pontos; e o S&P 500 teve baixa de 1,86%, aos 5.705,39 pontos.
Já o índice eletrônico Nasdaq recuou expressivos 2,76%, para 18.095,15 pontos.
No acumulado do mês de outubro, o Dow Jones caiu 1,34% e o S&P 500 sofreu baixa de 0,99%. Os dois indicadores, assim, encerraram uma sequência de cinco meses consecutivos de ganhos. Já o Nasdaq caiu 0,52% neste mês, sendo a primeira perda mensal desde julho.
Vale notar, ainda, que o índice de volatilidade VIX, considerado o “termômetro do medo” em Wall Street, encerrou o dia em alta firme, de 12,04%, aos 22,80 pontos, no maior nível desde 8 de outubro, diante da desvalorização das ações americanas.
O indicador, que usa o mercado de opções do S&P 500 como proxy para determinar o quanto de volatilidade os investidores esperam para as ações no futuro próximo, ficou em níveis elevados durante todo o mês, mesmo com as bolsas de Nova York caminhando para níveis recordes em muitas ocasiões.
Na avaliação de participantes do mercado, as eleições presidenciais nos Estados Unidos guardam relação com a chance de uma volatilidade mais alta nas bolsas americanas.
Além disso, a alta dos juros de longo prazo também ajuda a pressionar as ações, na avaliação do diretor de investimentos (CIO) da Rockefeller Global Family Office, Jimmy Chang.
Para ele, embora a temporada de balanços se mostre “mista”, as eleições americanas e os juros de longo prazo devem ajudar a provocar alguma volatilidade adicional nas bolsas.
Para Chang, a volatilidade em torno da eleição, dado que as pesquisas de intenção de voto continuam a mostrar um empate entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris nos estados-chave, deve seguir em alta.
Mas, se a taxa da T-note de dez anos subir para 4,5%, há potencial “para mais uma retração de curto prazo nas bolsas”.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus fecharam em queda expressiva após a inflação acima do esperado na zona do euro aumentar as expectativas por um corte menor nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), e com a temporada de balanços no radar.
O índice Stoxx 600 fechou em baixa de 1,27%, a 505,02 pontos.
O DAX de Frankfurt recuou 0,93% a 19.077,54 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve queda de 0,61%, para 8.110,10 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, caiu 1,05%, para 7.350,37 pontos.
A taxa de inflação da zona do euro acelerou para 2,0% em outubro, de 1,7% em setembro, e ante o consenso de economistas de 1,9%.
“A tendência de queda surpreendentemente forte dos últimos meses foi interrompida por enquanto”, diz o economista do Commerzbank, Vincent Stamer.
“A inflação provavelmente continuará a subir até o final do ano. O BCE não será dissuadido de seu curso e cortará as principais taxas de juros em 0,25 ponto percentual em dezembro”, afirma Stamer, em relatório.
Além disso, os investidores seguem acompanhando a temporada de balanços.
As ações da AB InBev caíram 5,86% e as da TotalEnergies recuaram 7,68%, após resultados financeiros trimestrais decepcionantes.
Por outro lado, as ações do banco Societe Generale avançaram 11,71% em Paris em meio a sinais de recuperação no varejo francês, e os papéis da Shell subiram 2,41% depois de superar as expectativas no terceiro trimestre.
Com informações do Valor Econômico