Com pressão dos juros futuros, Ibovespa fecha em queda de 0,08%; dólar tem alta de 0,18% e vai a R$ 5,50

O Ibovespa oscilou próximo à estabilidade em grande parte da sessão, mas fechou em queda nesta terça-feira.

Nem a alta forte das ações da Vale, impulsionadas pela nomeação de Gustavo Pimenta como novo presidente, ajudou o índice a permanecer em campo positivo diante da queda das ações sensíveis à economia doméstica, que foram afetadas pela escalada dos juros futuros.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,08%, aos 136.776 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 136.664 pontos e, na máxima, os 137.213 pontos, novo recorde.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,54 bilhões no Ibovespa e R$ 17,78 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em leve alta e voltou ao patamar de R$ 5,50, após fechar as duas sessões anteriores abaixo desse nível.

O dia foi marcado pela baixa volatilidade diante da ausência de direcionadores ao mercado interno após a leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto confirmar as expectativas do mercado e, assim, não dar pistas tão concretas sobre o futuro da taxa Selic.

Com isso, o câmbio local seguiu o movimento de desvalorização de moedas latino-americanas, que contrariou a fraqueza do dólar ante seus pares.

Ao fim da sessão, o dólar à vista anotou alta de 0,18%, a R$ 5,5021, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,5189 e a mínima de R$ 5,4773. Já o euro comercial avançou 0,41%, a R$ 6,1539.

O índice DXY, que mede a força do dólar contra seis de seus pares, exibia queda de 0,29%, a 100,56 pontos, por volta de 17h10.

No mesmo horário, o dólar disparava 1,70% contra o peso mexicano e anotava altas modestas de 0,35% contra o peso colombiano e de 0,05% ante o peso chileno.

Bolsas de Nova York

Os principais índices acionários de Nova York fecharam o dia em leve alta, quase próximos da estabilidade, após uma sessão onde os agentes operaram com mais cautela, na espera pelo balanço trimestral da Nvidia, que será divulgado amanhã.

Assim, o índice Dow Jones teve alta de 0,02%, a 41.250,50 pontos; o S&P 500 subiu 0,16%, a 5.625,80 pontos; e o Nasdaq avançou 0,16%, a 17.754,82 pontos.

As ações da Nvidia fecharam em alta de 1,46%. A empresa foi o destaque do boom de inteligência artificial (IA) visto no primeiro semestre. Dessa forma, seus resultados serão utilizados como termômetro sobre o desempenho do setor.

Demais empresas do segmento tiveram desempenho limitado. A Advanced Micro Devices (AMD) subiu 0,29%, enquanto a Meta Platforms caiu 0,43%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a terça-feira (27) em leve alta, com os ganhos em companhias do setor de viagens e do petroleiro impulsionando os índices, mesmo que de forma branda.

O Stoxx 600 subiu 0,16%, a 518,88 pontos, o DAX de Frankfurt avançou 0,35% a 18.681,81 pontos. O FTSE 100, da bolsa de Londres, teve alta de 0,21%, para 8.345,46 pontos. Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,32%, para 7.565,78 pontos.

Entre as ações, o setor de viagens liderou os ganhos, com as companhias Easyjet subindo 6,90% e a Ryanair avançando 4,23%, após o presidente da empresa declarar que as tarifas podem cair menos do que o esperado nos próximos meses.

No front macroeconômico, mais cedo, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha do segundo trimestre recuou 0,1% ante o trimestre anterior e ficou estável na base anual. O resultado já era esperado e não afetou as bolsas.

Nos próximos dias, os agentes ficarão atentos aos Estados Unidos, com a divulgação do balanço da Nvidia programado para amanhã e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de julho, na sexta-feira (30). O indicador é a medida favorita do Federal Reserve (Fed) na formulação de sua política monetária.

Com informações do Valor Econômico