Pressão global e ativos locais fracos levam Ibovespa a leve queda; dólar sobe mais de 1% e fecha em R$ 5,65

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (24) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa encerrou em leve queda nesta quarta-feira, em meio à depreciação dos ativos domésticos e à aversão global ao risco.

Ao longo da sessão, o referencial até testou dinâmica positiva com suporte das exportadoras de petróleo, mas a alta dos juros futuros domésticos e o recuo dos principais índices acionários dos Estados Unidos, após balanços decepcionantes de grandes empresas de tecnologia, pesaram sobre a bolsa brasileira.

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Ibovespa hoje

No fim do dia, o índice caiu 0,13%, aos 126.423 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.218 pontos e, nas máximas, os 126.822 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h45) foi de R$ 13,82 bilhões no Ibovespa e R$ 18,16 bilhões na B3.

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As empresas mais sensíveis aos juros sofreram as maiores baixas, entre elas Multiplan ON, que recuou 2,97%, e Magazine Luiza ON, que perdeu 3,45%, após Bradesco BBI cortar preço-alvo da ação e reiterar recomendação neutra.

Carrefour ON caiu 7% e liderou as perdas do pregão, depois de consolidar resultados do primeiro semestre, em que mostrou lucro de R$ 25 milhões e mostrou recuo de 97,1% na comparação anual.

Apesar do recuo de hoje, o mês ainda é positivo para a bolsa brasileira, que registra alta de 2,03% até esta quarta.

Para o líder da área de análise de investimentos da Warren, Frederico Nobre, nos últimos meses “existiu um certo pessimismo exagerado na precificação da curva de juros no Brasil e o receio em torno do fiscal, que ainda segue, mas já vimos apetite maior a risco e o efeito ‘suavizador’ que contribuiu para performance dos ativos domésticos”.

Os aportes de investidores estrangeiros em julho, que já somam R$ 6,22 bilhões, ajudaram a amenizar um pouco das perdas sofridas pelo índice ao longo do primeiro semestre.

O principal gatilho para tornar a volta do capital estrangeiro mais perene, diz Nobre, é o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), que deve ocorrer em setembro.

“Com o maior apetite a risco, a alocação em mercados emergentes vai acontecer e o Brasil é um dos países que devem receber esse fluxo”, completa.

Mesmo em meio à queda do minério de ferro, Vale ON se recuperou e subiu 0,61%, com investidores aproveitando oportunidade de compra.

A alta do petróleo e do dólar influenciaram positivamente exportadoras da commodity, que lideraram os ganhos na sessão. Nesse sentido, PetroReconcavo ON ganhou 3,76% e Prio ON avançou 5,02%. Depois de cair ontem, os papéis da Petrobras se recuperaram hoje e as ações ordinárias fecharam em alta de 1,01%.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de mais de 1% e alcançou o seu maior patamar das últimas três semanas.

O baixo apetite por risco no exterior e a pressão vinda da forte valorização do iene por conta da ligação do real com a moeda japonesa em operações de “carry-trade” ainda são os fatores puxaram a depreciação do real e impuseram à moeda brasileira o pior desempenho do dia dentre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

Ao fim da sessão, o dólar à vista exibia alta de 1,27%, a R$ 5,6566 — maior cotação de fechamento desde 3 de julho — após bater a máxima intradiária de R$ 5,6617 e a mínima de R$ 5,5974. Já o euro comercial subiu 1,17%, a R$ 6,1311.

O real dividiu o protagonismo negativo do dia com o peso mexicano, outra moeda associada às operações de carry-trade com o iene japonês. Por volta de 17h10, o dólar subia 1,07% contra a moeda mexicana, enquanto recuava 1,15% ante o iene.

Tanto o real quanto o peso mexicano exibiam quedas de mais de 2% no confronto com a divisa do Japão.

Bolsas de Nova York

Os principais índices acionários de Nova York fecharam o dia em forte queda, com o S&P 500 registrando seu por desempenho desde dezembro de 2022, em meio às fortes perdas em ações de gigantes de tecnologia após a divulgação de balanços que decepcionaram os investidores.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,25%, aos 39.853,87 pontos e o S&P 500 perdeu 2,31%, cotado a 5.427,13 pontos. Já o índice eletrônico Nasdaq recuou 3,64%, a 17.342,41 pontos.

Os papéis da Tesla se destacaram negativamente, fechando em queda de 12,3%, após a fabricante de veículos elétricos registrar a segunda queda consecutiva no lucro trimestral no segundo trimestre.

A Alphabet, dona do Google, que também divulgou balanço ontem, recuou 5,04%. Outras gigantes do setor também registram perdas, como Nvidia (-6,8%), Meta Platforms (-5,6%) e Amazon (-2,99%).

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam a quarta-feira (24) em queda, com os investidores reagindo aos dados fracos de atividade da região medidos pelos índices de gerentes de compras (PMI) e balanços.

O índice Stoxx 600 caiu 0,61%, a 512,30 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 1,12%, para 7.513,73 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,92%, a 18.387,46 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,17%, para 8.153,69 pontos.

Dados preliminares divulgados mais cedo mostraram que o PMI composto de julho da Alemanha caiu para 48,7, seu menor nível em quatro meses. Já o PMI composto da zona do euro recuou para 50,1. Por sua vez, o PMI composto do Reino Unido avançou para 52,7. A maior queda foi registrada no setor industrial, enquanto o de serviços se manteve sustentado.

No front corporativo, o destaque foi a gigante de luxo LVMH, que fechou em queda de 4,66%, depois de revelar seu balanço do segundo trimestre, que mostrou receita abaixo das estimativas e queda nas vendas orgânicas para o mercado asiático.

Com informações do Valor Econômico

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