Com mau humor global e reação a falas de diretores do BC, Ibovespa cai quase 1% e dólar sobe a R$ 5,58 com maior alta do ano

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (22) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa encerrou em queda firme nesta quinta-feira, em meio ao mau humor global e após três fechamentos consecutivos em níveis recordes.

O discurso menos “duro” do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Fenabrave durante à tarde, também repercutiu entre os ativos locais.

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Ibovespa hoje

A reação do mercado provocou um aumento nas taxas de juros futuros, o que provocou perdas às ações sensíveis à economia doméstica.

No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,95%, aos 135.173 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 134.836 pontos e, na máxima, os 136.462 pontos.

Últimas em Ibovespa

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,05 bilhões no Ibovespa e R$ 21,47 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira em valorização forte, de quase 2%, em um pregão marcado pelo mau humor global e por dúvidas quanto à política monetária local.

Operadores enxergaram um ajuste de posição nos mercados globais às vésperas do evento em Jackson Hole e com eleições presidenciais dos Estados Unidos no radar.

A dinâmica no Brasil foi pior que a observada no exterior, com o real tendo o pior desempenho da lista das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

A sinalização menos “hawk” (conservadora) pelos diretores de política econômica e política monetária, Diogo Guillen e Gabriel Galípolo, respectivamente, teria dado sustentação para uma piora adicional da moeda brasileira.

Diante disso, no fechamento do mercado à vista, o dólar comercial teve sua maior alta de 2024, avançando 1,98%, a R$ 5,5894, depois de tocar a máxima de R$ 5,5950 e ter encostado na mínima de R$ 5,4813.

Já o euro comercial exibiu apreciação de 1,59%, a R$ 6,2086. Perto das 17h10, no exterior, o índice DXY avançava 0,49%, aos 101,534 pontos.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York encerraram o pregão de hoje com forte desvalorização, pressionadas por uma leitura melhor que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos em agosto.

O dado apontou para uma atividade resiliente e aumentou a apreensão dos investidores antes do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, amanhã de manhã, que abre o Simpósio de Jackson Hole.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,43%, a 40.712,78 pontos; o S&P 500 recuou 0,89%, a 5.570,64 pontos; e o Nasdaq caiu 1,67%, a 17.619,35 pontos.

O tombo das bolsas nova-iorquinas foi puxado pelo desempenho de ações dos setores de tecnologia e consumo discricionário, que anotaram queda conjunta de 2,13% e 1,87%, respectivamente, no S&P 500.

Dentre as principais “techs” americanas, a Tesla desvalorizou 5,65% após o anúncio da saída de Sreela Venkataratnam, vice-presidente e chefe de operações financeiras da companhia.

Já a Intel encerrou o pregão em baixa de 6,12%, à frente somente da Moderna, que caiu 6,47% e liderou as perdas no S&P 500. Logo atrás, a AMD recuou 3,87% e a NVidia cedeu 3,70%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a quinta-feira (22) em leve alta, enquanto os agentes aguardam o início do Simpósio de Jackson Hole, de hoje até sábado (24), onde é esperado que o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, dê detalhes sobre os próximos passos da política monetária da autarquia.

O índice Stoxx 600 subiu 0,35%, a 515,74 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,24%, a 18.493,40 pontos, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,06%, a 8.288,00 pontos, e o CAC 40, de Paris, anotou queda marginal de 0,01%, a 7.524,11 pontos.

Na véspera, foi divulgada a ata da última reunião do Fed, na qual os dirigentes se mostraram favoráveis à flexibilização dos juros, assim como fizeram alguns dos representantes da autarquia em declarações na manhã desta quinta.

Hoje, foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) divulgar a ata da sua última reunião de política monetária. No documento, o banco deu indícios de que gostaria de cortar os juros novamente em setembro, ressaltando que, embora a dependência de dados tenha que ser levada em conta, essa dependência “não é equivalente a estar muito focado em apenas algum dado específico”.

Outro ponto de destaque na região nesta quinta foram os dados econômicos, que vieram mais fortes do que o esperado. Segundo a S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro subiu de 50,2 em julho para 51,2 pontos, na leitura preliminar de agosto, mesmo com o PMI industrial no campo contracionista — abaixo de 50 pontos.

Com informações do Valor Econômico

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