Animado por resultado da Vale e fala de Haddad sobre fiscal, Ibovespa sobe 0,54%; dólar tem alta de 0,14% e vai a R$ 5,66
Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (16) e o que movimentou os ativos
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O Ibovespa encerrou em alta nos negócios de hoje, impulsionado por ações da Vale, cujos resultados trimestrais foram considerados positivos pelo mercado.
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Também ganhou terreno positivo após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçar o compromisso fiscal do governo.
Ibovespa hoje
A notícia de que existe a possibilidade de as estatais se tornarem independentes causou mau humor entre os agentes, mas as declarações do ministro amenizaram as preocupações e aceleraram os ganhos do índice.
Últimas em Ibovespa
No fim do dia, o índice subiu 0,54%, aos 131.750 pontos.
Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 130.780 pontos, enquanto na máxima tocou os 132.233 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 19 bilhões no Ibovespa e de R$ 24 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar comercial exibiu leve valorização frente à moeda brasileira na sessão desta quarta-feira.
Pela manhã, em meio a notícias sobre a retirada das estatais do arcabouço fiscal, um estresse nos ativos deu suporte para o dólar encostar em R$ 5,70.
Mas após comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, houve um alívio no prêmio de risco fiscal.
À tarde o câmbio seguiu as dinâmicas globais, com eleições americanas e China no radar.
Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,6644, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6319 e encostado na máxima de R$ 5,6994.
Já o euro comercial encerrou a sessão em queda de 0,13%, a R$ 6,1501.
No exterior, o índice DXY exibia valorização de 0,28%, aos 103,554 pontos, em uma sessão em que moedas europeias perderam força (principalmente a libra), após dados mais fracos de inflação no Reino Unido.
Bolsas de Nova York
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As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira superando uma hesitação inicial e ganhando suporte do setor financeiro, das companhias aéreas e das concessionárias de serviços em um pregão com foco nos resultados das empresas referentes ao desempenho no terceiro trimestre.
O setor de tecnologia teve uma ligeira alta de 0,36% amparada pela recuperação da Nvidia, que terminou o dia com alta de 3,31%. Já a ASML estendeu as perdas de ontem e caiu mais 6,43%
No fechamento, o índice Dow Jones subia 0,79% a 43.077,70, o S&P subia 0,47% a 5.842,47 e o Nasdaq ganhava 0,28% a 18.367,08 pontos.
As ações das companhias aéreas registraram alta expressiva depois que a United Airlines relatou um lucro trimestral melhor do que o esperado e informou uma redução na disponibilidade de voos baratos.
As ações da United subiram 12,4% e levou junto outras aéreas, com a Delta Air Lines ganhando 6,8% e a American Airlines avançando 7,1%
Suporte veio também do setor financeiro, com o Morgan Stanley divulgando um lucro de US$ 3,18 bilhões, alta de 32% no terceiro trimestre em base anual, ficando acima do esperado por economistas.
A ação terminou o dia em 6,43% e impulsionou outros bancos, com o Bank of America subindo 1,56%, Goldman Sachs +1,43% e Wells Fargo +1,30%, fazendo o setor financeiro um dos destaques de hoje, com alta de 1,22%, ao lado das concessionárias, com alta de 2%.
Bolsas da Europa
As bolsas da Europa fecharam em queda hoje pressionadas pelas empresas de artigo de luxo e pelo setor de tecnologia.
A exceção foi a bolsa de Londres que fechou no azul impulsionada por dados positivos do combate à inflação que deve fazer com que o Banco da Inglaterra (BoE) continua reduzindo os juros.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,19% a 519,60 pontos, o FTSE 100 de Londres avançou 0,96% a 8.329,07 pontos, o DAX de Frankfurt caiu 0,18% a 19.450,79 e o CAC 40 de Paris perdeu 0,40% a 7.492,00.
Joshua Mahony, analista da Scope Markets, disse que desde o início do pregão de hoje, os mercados da europa continental foram afetados pela queda do setor de tecnologia ontem nos EUA depois da divulgação dos resultados da holandesa ASML.
“Em uma semana que começou com a Nvidia atingindo novos recordes que elevaram a capitalização de mercado para US$ 3,4 trilhões, vimos as ações de semicondutores serem duramente atingidas depois que a ASML registrou menos da metade dos pedidos esperados pelo mercado”, disse ele.
O mercado também foi impactado pela queda das ações do mercado de luxo depois que a LVMH divulgou queda nas vendas de 3% no terceiro trimestre.
As ações da LVMH fecharam em queda de 4,22% e levaram as ações de outras empresas do setor junto: Christian Dior caiu 3,65%, Kering recuou 1,11%, Hermes perdeu 1,34% e L’óreal teve queda de 2,18%.
Já no Reino Unido, o índice de preços ao consumidor de setembro (CPI) ficou em 1,7% pela primeira vez em três anos abaixo da meta de inflação do BoE, de 2%.
O resultado animou os investidores e o FTSE 100 fechou em alta de quase 1%, diante da expectativa do BoE cortar os juros em 0,25 ponto em novembro e também em novembro depois da inflação animadora.
Destaque no FTSE ficou com a empresa de hotéis Whitbread e com a maior construtora britânica, a Barratt Redrow que subiram respectivamente 6% e 4,5%.
“A inflação de setembro do Reino Unido foi menor que o esperado, com os preços de passagem de avião e de gasosina ajudando a reduzir a inflação ao consumidor. Os preços de bens permanecem em deflação enquanto a maior parte do mercado de serviços registrando desaceleração nos custos”, disse Paul Donovan, economista-chefe do UBS Wealth Management.
Amanhã o Banco Central Europeu realiza sua reunião de decisão de política monetária. Os analistas do Deutsche Bank esperam um novo corte de 0,25 ponto percentual.
“O crescimento está ainda mais fraco que a revisão para baixo feita pelo BCE em setembro, e a inflação deve voltar para meta antes do previsto e há pouca oposição aparente do BCE para cortar mais os juros”, escreveram, em nota.
Com informações do Valor Econômico