Ibovespa fecha em alta pela 9ª sessão seguida e vai a 128 mil pontos; dólar sobe 0,55% e volta a R$ 5,44

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (11) e o que movimentou os ativos

Dados de inflação abaixo da expectativa nos Estados Unidos, aliados à melhora do cenário local renovaram o apetite por risco de investidores e levaram o Ibovespa à sua nona alta consecutiva hoje, sequência que não ocorria desde fevereiro de 2018.

Nessa linha, ações de menor capitalização e ligadas à economia doméstica ampliaram ganhos recentes.

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Ibovespa hoje

O índice subiu 0,85%, aos 128.294 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 127.221 pontos, e, nas máximas, os 128.326 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,74 bilhões no Ibovespa e R$ 19,68 bilhões na B3.

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Após o CPI americano de junho surpreender positivamente pela manhã, o bom humor tomou conta dos mercados globais, na medida em que investidores voltam a ganhar confiança em relação a possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) este ano.

Com isso, as taxas recuaram e o Ibovespa seguiu avançando, com destaque para empresas sensíveis ao cenário macro doméstico.

O Índice Small Caps subiu 0,98%; Lojas Renner ON teve ganhos de 3,08%, em dia de surpresa altista nos dados de varejo; e B3 ON teve ganhos de 2,89%.

Marcelo Nantes, gestor de renda variável do ASA, afirma que, apesar dos ganhos recentes acumulados pelo Ibovespa, o dado de inflação americano, combinado com o IPCA local, pode dar alguma sustentabilidade para o fluxo estrangeiro, que tem sido determinante para direcionar a performance da bolsa.

“Os dados de inflação local e dos EUA trouxeram boas notícias e podem manter a entrada de fluxo estrangeiro no curto prazo, ainda mais se pensarmos que o câmbio se desvalorizou, o que reduz os riscos para os não residentes”, diz.

“Nós aumentamos um pouco o risco nas últimas duas semanas. Vamos voltar a conversar com as empresas. O lado macro está melhorando e, agora, precisamos ver a lucratividade das empresas aumentar.”

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou o dia em alta firme nesta quinta-feira, o que fez com que o real se descolasse da tendência global e anotasse o pior desempenho diário ante a moeda americana dentre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

Uma suposta intervenção cambial do Ministério das Finanças do Japão fortaleceu o iene e afetou moedas beneficiadas por operações de “carry-trade” com a moeda japonesa, em especial a divisa brasileira.

O dólar à vista fechou em alta de 0,55%, a R$ 5,4420, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,453 e a mínima de R$ 5,3710. Já o euro comercial subiu 0,89%, a R$ 5,9125.

O movimento do real hoje foi na contramão da maioria das moedas globais, em um cenário de dólar mais fraco após o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos mostrar deflação entre maio e junho, o que cristalizou a expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed).

Desta forma, o índice DXY exibia queda de 0,55%, a 104,570 pontos, por volta de 17h10.

Bolsas de Nova York

Wall Street registrou hoje um dia de realização de lucros depois de sucessivos pregões registrando recordes de alta. Um dia depois de ultrapassar o importante nível psicológico de 5.600 pontos, o S&P 500 voltou a perder a posição pressionado – junto com o Nasdaq – por um forte movimento de vendas de ações de empresas de tecnologia, principalmente as ‘big techs’.

O índice Dow Jones conseguiu fechar com ligeira alta sustentado pela migração dos investidores que saíram das “sete magníficas” para as small caps.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,08% a 39.753,75 pontos, S&P 500 caiu 0,88% a 5.584,54 pontos e Nasdaq recuou 1,95% a 18.283,41 pontos.

As ‘big techs’ foram as grandes perdedoras do dia, com a Tesla caindo 8,44%, Nvidia com queda de 5,57% e Meta recuando 4,14%. Amazon, Apple, Google e Apple fecharam todas com perdas de mais de 2%.

O mercado amplamente ignorou os dados de inflação mais suaves divulgados hoje. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA caiu 0,1% em junho ante maio, mais que uma alta esperada de 0,1% pelo mercado. O dado fez os rendimentos dos Treasuries e o dólar recuarem de forma expressiva mas as bolsas não foram afetadas.

Para Ian Lyngen, estrategista do BMO Markets, com o S&P 500 caindo cerca de 1% mesmo com a forte queda dos rendimentos dos Treasuries é um sinal de que juros mais baixos não apoiam os valuations como vinha acontecendo recentemente.

“Se valuations elevadas tivessem sido sustentadas por perspectivas de ciclo de cortes, seria de presumir que a inflação mais baixa divulgada hoje faria as ações subirem”, afirma.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam em alta nesta quinta-feira (11), pegando carona no clima otimista que tomou conta dos mercados após dados terem mostrado um recuo da inflação nos Estados Unidos em junho, o que elevou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) fará mais cortes nos juros do que o esperado neste ano.

O índice Stoxx 600 subiu 0,60%, a 519,51 pontos, com as empresas e serviços públicos avançando 1,8%. O CAC 40, de Paris, escalou 0,71%, para 7.627,55 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou alta de 0,36%, para 8.223,34 pontos, e o DAX, de Frankfurt, valorizou 0,69% a 18.534,56 pontos.

O índice de preços ao consumidor (CPI) americano teve queda de 0,1% em junho, na comparação com o mês anterior, contrariando o consenso dos analistas ouvidos pelo “Wall Street Journal”, que esperavam uma alta de 0,1% do indicador. No acumulado em 12 meses, o CPI teve alta de 3,0% contra uma expectativa de 3,1%.

A inflação também teve destaque na agenda econômica europeia, após dados mostrarem que o CPI da Alemanha ficou em 2,2% em junho, dentro das expectativas do mercado e desacelerando dos 2,4% observados em maio. Outro indicador foi o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que subiu 0,4% em maio, acima da estagnação vista em abril.

No front corporativo, destaque para as ações da suíça Barry Callebaut, que recuaram 12%, após a empresa relatar que os altos preços do cacau afetaram sua demanda no último trimestre.

Com informações do Valor Econômico

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