Ibovespa registra em alta de 0,09% e mantém 127 mil pontos; dólar tem leve queda e fecha 4ª cotado a R$ 5,41

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (10) e o que movimentou os ativos

Com fôlego reduzido após sete sessões consecutivas de altas, o Ibovespa oscilou próximo à estabilidade durante a maior parte do pregão, até fechar o dia em leve alta.

As ações sensíveis aos juros continuaram subindo, após IPCA abaixo do esperado derrubar as taxas, e os bancos também avançaram, de olho na reforma tributária. Mas a queda de exportadoras, principalmente de commodities metálicas, limitaram a performance do índice.

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Ibovespa hoje

No fim do dia, o índice subiu 0,09%, aos 127.218 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 126.928 pontos, e, na máxima, os 127.769 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,03 bilhões no Ibovespa e R$ 20,02 bilhões na B3.

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A leitura abaixo do consenso do IPCA de junho provocou fechamento expressivo da curva de juros hoje, o que voltou a impulsionar ações ligadas à economia local, ainda que com intensidade limitada pelos ganhos acumulados pelo Ibovespa nas últimas sessões. LWSA ON subiu 3,56%, EZTec ON teve alta de 3,19% e Rumo ON subiu 2,66%.

“Trata-se de uma recuperação mais técnica por ora, um respiro, até porque a bolsa estava muito descontada. Mas, para termos um movimento mais sustentado de alta, o mercado quer ver se a mudança de discurso do governo vai se efetivar em medidas de corte de gastos”, diz Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset. “O cenário externo melhorou, tanto nos dados, como nos discursos do Federal Reserve (Fed). Agora a melhora local também precisa se materializar.”

Ainda no campo positivo ,e com peso importante no Ibovespa, apareceram os grandes bancos: Itaú PN subiu 1,06%, Bradesco PN teve alta de 1,69% e Banco do Brasil ON teve ganhos de 1,56%.

Agentes afirmam que possíveis alterações da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), no âmbito da reforma tributária, podem ter motivado o movimento.

“Eu, sinceramente, não acho que a reforma já esteja afetando setorialmente a bolsa, já que falta bastante tempo até a implementação das novas regras. Essa precificação deve ocorrer mais à frente”, discorda Mikail.

Destaque negativo para a queda de empresas de commodities, principalmente metálicas, conforme a rotação de portfólios continua e após os futuros do minério de ferro recuarem 1,81% em Dalian, na China. Assim, Vale ON caiu 1,35% e Usiminas PNA recuou 1,25%, enquanto Minerva ON caiu 1,33%

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira em leve queda, próximo à estabilidade. O real perdeu fôlego depois do bom humor dos investidores com o , que desacelerou mais do que o esperado na comparação com maio.

Segundo participantes do mercado ouvidos pelo Valor, a perda de força do real ao longo da tarde se deu por um movimento de correção após a forte queda do dólar na última semana.

O dólar à vista fechou em queda modesta de 0,04%, a R$ 5,4120, após bater a mínima intradiária de R$ 5,3721 e a máxima de R$ 5,4263. O euro comercial, por sua vez, subiu 0,09%, a R$ 5,8605.

No exterior, o índice DXY – que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas pares – manteve-se em queda modesta durante quase toda a sessão, e exibia baixa de 0,10%, a 105,028 pontos, por volta de 17h10.

No mesmo horário, o dólar depreciava 0,43% ante o peso mexicano; 2,35% ante o peso chileno; e 1,96% ante o peso colombiano.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta quarta-feira com o S&P 500 terminando acima do nível importante de 5,6 mil pontos pela primeira vez. Nasdaq também renovou seu recorde de alta e o Dow Jones também acompanhou seus pares impulsionado por ações do Goldman Sachs e Walmart.

Os investidores ficaram animados com comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que o mercado de trabalho não está mais superaquecido. O mercado viu nesta fala sinais de que o banco central está perto de iniciar o afrouxamento monetário.

“Os investidores que apostam na alta da bolsa transbordaram de alegria”, escreveu o gerente de fundos mútuos Louis Navellier a seus clientes. “A meta de inflação de 2% está no foco”, afirmou.

No fechamento, o índice Dow Jones subia 1,09%, aos 39.721,36 pontos; o S&P 500 avançava 1,02%, para 5.633,91 pontos, em nível recorde; enquanto o Nasdaq tinha alta de 1,18%, aos 18.647,45 pontos, também em território recorde.

Os setores de tecnologia e de serviços de comunicação, que têm peso relevante na composição do índice, se destacam no pregão e ajudam na valorização das bolsas americanas.

Nvidia subiu 2,94% e Apple ganhou 1,88%. Goldman Sachs subiu 1,28% antes do início da safra de bancos amanhã.

Também amanhã o mercado vai acompanhar a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) e o índice de preços ao produtor (PPI) de junho dos EUA na sexta-feira.

A expectativa é de que o CPI de junho fique em 0,1% depois de ficar estável em maio. Na base anual, a expectativa é de uma leitura de 3,1% ante 3,3% de maio.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus subiram nesta quarta-feira (10), enquanto os investidores voltavam suas atenções para a política monetária, principalmente dos Estados Unidos, após os depoimentos do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado americano.

O índice Stoxx 600 subiu 0,91%, a 516,42 pontos, com o setor de varejo liderando os ganhos ao subir 1,6%. O CAC 40, de Paris, escalou 0,86%, para 7.573,55 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, teve alta de 0,66%, para 8.193,51 pontos, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,94% a 18.407,22 pontos.

Entre os destaques do dia, as ações do grupo norueguês Kongsberg subiram 11,07%, chegando a liderar o Stoxx 600, depois que a empresa reportou um aumento de 21% na receita operacional.

O discurso de Powell, ontem, no Senado americano foi visto como mais “dovish” (favorável ao afrouxamento monetário), já que o líder do Fed reconheceu que os últimos dados de inflação dos EUA mostraram um progresso em direção à meta de 2%. Hoje, na Câmara dos Representantes, Powell reiterou seu posicionamento.

“O depoimento de Powell não foi excessivamente otimista, mas reavivou a expectativa de que um corte nas taxas poderia ocorrer mais cedo ou mais tarde”, informa em nota a analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya.

Com informações do Valor Econômico

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