Ibovespa tem queda contida após vitória de Trump e fecha com recuo de 0,24%; dólar cai 1,26% e vai a R$ 5,67
Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (6) e o que movimentou os ativos
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O dia dava indícios de que seria um pregão mais conturbado para os ativos locais com o Ibovespa batendo os 128.822 mil pontos no começo da manhã.
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Mas o índice da bolsa brasileira conseguiu reduzir as perdas e encerrar a sessão em queda de 0,24%, aos 130.341 pontos, encostando nos 130.670 pontos, na máxima intradiária.
Ibovespa hoje
O pregão foi marcado por uma alta expressiva no volume financeiro do índice, que chegou a R$ 18,1 bilhões, e de R$ 24,3 bilhões na B3.
Últimas em Ibovespa
Uma das justificativas para a queda mais contida do Ibovespa é que investidores já estariam “parcialmente posicionados” para uma eventual vitória de Donald Trump, cenário que se concretizou na sessão de hoje.
Agentes também permanecem à espera das medidas fiscais a serem apresentadas pelo governo e que agora terão que ser mais duras após o resultado americano.
O movimento no mercado local foi diferente do visto nas bolsas americanas: o Nasdaq subiu 2,95%, assim como o Dow Jones e o S&P 500 avançaram 3,57% e 2,53%, nessa ordem.
A vitória de Trump e um balanço lido como mais positivo ajudaram a puxar para cima as ações da Gerdau (GGBR4), que subiram 9,61%, a R$ 19,96.
Os papéis da Metalúrgica Gerdau também avançaram 9,15%, a R$ 11,33.
Já os papéis da Petrobras e da Vale apresentaram movimento misto na sessão.
As ações da mineradora caíram 1,13%, a R$ 61,42. As ações PN da petroleira, por sua vez, tiveram leve alta de 0,03%, a R$ 35,40, e as ON recuaram 0,10%, a R$ 38,11.
Dólar hoje
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O câmbio doméstico observou surpresa relevante nesta quarta-feira, ao contrariar as expectativas de que haveria uma forte depreciação do real com a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos.
Diante da forte depreciação do dólar no mercado doméstico, o real se tornou a moeda com melhor performance frente à dívida americana no dia, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
Operadores também mencionaram algum fluxo de entrada que pode ter dado algum suporte para a moeda brasileira.
No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar caiu 1,26%, cotado a R$ 5,6742, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6647 e encostado na máxima de R$ 5,8619.
Já o euro comercial, por sua vez, teve uma desvalorização ainda maior, de 3,00%, encerrando o dia cotado a R$ 6,0918.
O dólar exibiu força hoje frente à maioria das moedas mais líquidas, em especial divisas de mercados emergentes na Europa.
Perto das 17h10, o dólar avançava 2,12% contra o florim da Hungria; 1,96% contra a coroa tcheca; 0,72% ante o peso chileno; e seguia perto da estabilidade contra o peso mexicano.
Já o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 1,59%, aos 105,065 pontos.
Bolsas de Nova York
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Os índices acionários de Nova York fecharam em forte alta nesta quarta-feira, com a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA.
Trump defende propostas consideradas positivas para o mercado acionário, como corte de impostos, relaxamento regulatório e tarifas comerciais protecionistas.
O destaque foi o índice Russell 2000 – que mede o desempenho das ‘small caps’ que chegou a subir mais de 6% durante o pregão.
Álém dos benefícios citados, as ‘small caps’ também foram impulsionadas por estarem mais vinculadas ao mercado doméstico, ao contrário das exportadoras.
O setor bancário também registrou fortes ganhos, com Goldman Sachs subindo mais de 13%.
No setor de tecnologia, a Tesla subiu mais de 14% devido a proximidade de seu presidente, Elon Musk, com Trump. Nvidia subiu mais de 4% e registrou novo recorde.
No fechamento, o índice Russell subia 5,81% a 2.391,85, enquanto o Dow avançava 3,57% a 3.729,04, o S&P 500 tinha alta de 2,52% a 5.929,04 e o Nasdaq ganhava 2,95% a 18.983,46.
Amanhã, os investidores estão de olho nos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para buscar indícios dos próximos passos do banco central para os próximos meses já que o consenso é de que amanhã os juros serão cortados em 0,25 ponto percentual.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários da Europa fecharam em queda, revertendo os ganhos do início do pregão, em meio a temores de que as políticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prejudiquem o crescimento de economias europeias.
O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,59%, a 506,50 pontos.
O DAX de Frankfurt recuou 1,13% a 19.039,31 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve queda de 0,07%, para 8.166,68 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,51%, para 7.369,61 pontos.
As ações do setor de automóveis recuaram 2,61%, segundo o índice Stoxx 600, ante a expectativa de que Trump imponha tarifas às economias europeias, visando principalmente as exportações de automóveis.
Uma questão fundamental será se haverá uma vitória republicana ampla nas duas casas do Congresso, a chamada “red sweep”.
Enquanto o partido retomou o controle do Senado, a disputa na Câmara segue acirrada, diz o Berenberg.
“Para a agenda futura de Donald Trump, a ‘red sweep’ significa que as decisões políticas podem ser implementadas de forma eficiente”, segundo o banco, em relatório.
Por fim, o euro teve queda expressiva ante o dólar, sendo negociado um pouco acima de US$ 1,0720.
Com informações do Valor Econômico