Após um mês de greve, Boeing cortará 10% dos trabalhadores e atrasará novo avião

Além dos cortes de empregos, a gigante da fabricação disse que irá adiar ainda mais o lançamento de um novo avião, o 777X, atrasado há anos

Aeronave 737 Max, da Boeing Foto: Divulgação/Boeing
Aeronave 737 Max, da Boeing Foto: Divulgação/Boeing

A Boeing vai cortar 10% de sua força de trabalho global, o que equivale a aproximadamente 17 mil empregos, e alertou sobre perdas ainda maiores em suas operações.

Isso à medida que uma greve de operários agrava problemas que já afetam o fabricante de jatos há anos.

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Além dos cortes de empregos, a gigante da fabricação disse que irá adiar ainda mais o lançamento de um novo avião, o 777X, atrasado há anos.

Assim, a empresa também vai descontinuar o avião cargueiro 767.

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Essas são as maiores ações tomadas até agora pelo diretor-presidente da Boeing, Kelly Ortberg, que assumiu a empresa em agosto, para reestruturar a gigante americana.

Situação atual da Boeing

A empresa tem enfrentado problemas de produção e vem queimando seu caixa.

As negociações entre a Boeing e os líderes sindicais dos trabalhadores fracassaram esta semana, reduzindo as esperanças de um rápido fim para uma greve que interrompeu a produção da maioria dos aviões.

No entanto, agências de “rating” alertaram que a empresa precisa preservar caixa e pode ter seus papéis rebaixados para níveis de alto risco.

“Nossos negócios estão em uma posição difícil, e é difícil exagerar os desafios que enfrentamos juntos”, disse Ortberg em uma mensagem aos funcionários detalhando o plano.

“Precisamos ser realistas sobre o trabalho que temos pela frente e sobre o tempo necessário para alcançar marcos importantes”.

No mês passado, Ortberg colocou de licença milhares de funcionários de áreas administrativas e congelou as contratações.

No entanto, ele fez um esforço para preservar o dinheiro em meio à greve dos empregados.

Ele disse na sexta-feira que a empresa encerraria as licenças devido às demissões, que ocorrerão nos próximos meses e incluirão todos os níveis da empresa.

O diretor-presidente disse em seu memorando que a empresa precisava concentrar seus recursos “nas áreas que são essenciais para quem somos, em vez de nos espalhar por muitos objetivos que podem frequentemente resultar em baixo desempenho e subinvestimento”.

Atraso no 777X

Assim, a Boeing adiará o lançamento de seu 777X para 2026 em vez de 2025.

Em agosto, a empresa interrompeu a operação de sua frota de testes após encontrar problemas nos jatos em voos iniciais.

O avião, projetado para companhias aéreas que desejam conectar as principais cidades do mundo e transportar cerca de 400 passageiros, já está anos atrasado.

A Boeing revelou planos de produzir o avião em 2013 e disse inicialmente que começaria a entregar o modelo em 2020.

Dessa maneira, ela tem cerca de 480 pedidos não atendidos para a aeronave.

No caso do 767, um pilar no mercado de carga, a Boeing preencherá os 29 pedidos restantes para o avião antes de tirá-lo de linha em 2027.

A Boeing entregou oito unidades este ano até setembro para a FedEx e a UPS.

Finalmente, ela continuará a construir uma variante militar da aeronave.

Com informações do Valor Econômico

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