Gisele Bündchen e Tom Brady figuram juntos em processo por incentivar investimento na FTX

Celebridades são acusadas de atrair irresponsavelmente potenciais clientes sem conhecimento dos riscos do setor

- Ilustração: Marcelo Andreguetti
- Ilustração: Marcelo Andreguetti

Recém-divorciados, a modelo brasileira Gisele Bündchen e o jogador de futebol americano Tom Brady aparecem juntos como alvo de um processo de um investidor contra a corretora de criptoativos FTX, que entrou em recuperação judicial na semana passada deixando mais de 1 milhão de clientes e credores na fila para recuperar seu dinheiro.

Entre os réus listados estão também Shaquille O’Neal, ex-jogador de basquete e hoje comentarista esportivo, além da FTX e do ex-CEO Sam Bankman-Fried.

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No processo, o investidor lesado alega que a FTX se utilizou de celebridades como Bündchen, Brady, além do jogador de basquete Stephen Curry, para atrair irresponsavelmente potenciais clientes sem conhecimento dos riscos do setor na promoção de uma corretora que espalhou prejuízos para milhares de consumidores.

O investidor cita no processo um comercial em que Tom Brady e Gisele Bündchen incentivam seus seguidores a investir em criptoativos por meio da corretora. No vídeo, diziam “FTX: Você está dentro?”.

A queixa foi apresentada no tribunal federal de Miami, por Edwin Garrison, morador de Oklahoma, que pede para representar milhares de consumidores lesados pela FTX e pelas celebridades contratadas para promovê-la.

“O esquema fraudulento da FTX foi projetado para tirar vantagem de investidores não sofisticados de todo o país, que utilizam aplicativos móveis para fazer seus investimentos”, disse Garrison no processo. “Como resultado, os consumidores americanos coletivamente sofreram prejuízos de mais de US$ 11 bilhões”.

O investidor sustenta que a FTX e as celebridades citadas promoveram irregularmente produtos de rendimento de criptoativos, que funcionam como uma espécie de conta remunerada, que deveriam ser considerados valores mobiliários ofertados sem o devido registro pela SEC (CVM dos EUA).

Procurados pela Bloomberg, os advogados da FTX, Brady e Bündchen não comentaram o caso.

Por Toni Sciarretta

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