Fundo Verde, da Verde Asset, zera exposição em dólar contra real e bate CDI em setembro

Fundo multimercado da Verde Asset, de Luis Stuhlberger, obtém retorno de 1,70% em setembro e bate CDI no mês, mas perde no ano

Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde - Foto: Bufalos
Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde - Foto: Bufalos

A Verde Asset, fundada por Luis Stuhlberger, zerou a exposição do Fundo Verde em dólar contra o real. O fundo, um dos mais tradicionais do ramo multimercado, obteve 1,70% de retorno a cotistas em setembro e, assim, bateu o CDI, que rendeu 0,83%.

O resultado de setembro contudo não foi suficiente para bater o maratonista da renda fixa no ano. Em 2024, o CDI acumula alta de 7,99%, contra ganho de 6,39% do Fundo Verde.

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Em relatório a investidores, a Verde Asset relata que os ganhos do fundo no mês passado vieram de posições do Fundo Verde em renda fixa no mercado americano, tanto em juros reais quanto em inflação. O fundo multimercado também ganhou com investimentos em trading e commodities – impulsionadas pela China – e ações. A perda marginal veio da aposta de dólar mais forte contra um real mais frágil.

Força do real faz Verde Asset abrir mão de trade a favor do dólar

Ao zerar exposição ao dólar contra o real, a Verde Asset nota que a moeda brasileira ganhou força em setembro. A valorização do câmbio acompanhou a forte alta do mercado acionário da China graças aos estímulos econômicos do governo chinês anunciados em setembro.

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Apesar do real mais forte contra o dólar, a Verde nota que a curva de juros brasileira continuou em movimento de abertura. A trajetória de juros futuros mais altos se deu, segundo a gestora, pela incerteza fiscal e forte crescimento da economia do Brasil.

O carrego de moedas do Fundo Verde foi o maior detrator do resultado positivo do multimercado em setembro, contribuindo com queda de -0,32 ponto porcentual.

Estímulos da China ‘tendem a ser marginais’, diz Verde

O grande tema da carta da Verde a investidores foi o pacote de estímulos do governo da China. A injeção de US$ 242 bilhões na economia foi responsável pela “reversão brutal” dos mercados chineses para uma alta.

Mas, para a Verde Asset, os problemas da economia chinesa “são profundos e desafiam soluções fáceis”. Assim, a gestora vê obstáculos para mover a oferta doméstica da China em meio a níveis de alavancagens econômica alta.

“Sem estímulos fiscais maiores – ainda ausentes na equação – e taxas de juro reais negativas, vai ser difícil sustentar esse movimento de maneira a melhorar o crescimento e confiança na economia”, diz a carta da Verde Asset.

Mas o rali da China deve perdurar, já que o ponto de partida era pequeno. A Verde afirma que está comprada no mercado de ações da China “há vários meses, e aumentou essa posição recentemente”.

Ao mesmo tempo em que a China tende a se recuperar, a onda do outro lado do Pacífico tende a ter um efeito “marginal” nos ativos brasileiros, destaca a gestora.

“Nos parece que os benefícios de uma China mais sólida tendem a ser marginais para os ativos brasileiros, em meio a um cenário de dificuldades idiossincráticas, sem grande sinal de melhora.”

Por fim, o Fundo Verde continua posicionado em juro real e inflação curta nos Estados Unidos, além de apostar na inflação da Europa. A gestora também permanece comprada em inflação implícita longa na renda fixa brasileira, mas continua zerada em ações.

A Verde Asset também reduziu sua posição em petróleo.

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