Filas, atrasos, cancelamentos de voos: Greve dos aeronautas completa três dias e sem sinal de fim
Os aeronautas pedem um ganho real de 5% nos salários, enquanto o patronal ofertou 0,5% no fim de semana e que foi negado em votação pelos pilotos e comissários
A greve iniciada pelos aeronautas na segunda-feira completou três dias e, até o momento, não há uma sinalização de que a categoria, representada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), está próxima de um consenso com o patronal, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). A manifestação já provocou desde segunda-feira até hoje 292 atrasos e 125 cancelamentos em Congonhas, enquanto no Santos Dumont foram 277 atrasos e 148 cancelamentos. A falta de um acordo joga contra os passageiros, que correm o risco de ter problemas nas viagens de Natal.
Os aeronautas pedem um ganho real de 5% nos salários, enquanto o patronal ofertou 0,5% no fim de semana e que foi negado em votação pelos pilotos e comissários. Desta forma, a manifestação caminha para um quarto dia na quinta-feira.
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Cancelamentos de voos
Na manhã desta quarta-feira (21), no período da paralisação dos aeronautas (6h às 8h), foram registrados 9 atrasos e 12 cancelamentos de voos no Aeroporto de Congonhas, e 14 atrasos e 19 cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont. Já durante todo o dia, foram registrados até o momento 57 atrasos e 44 cancelamentos em Congonhas, e 90 atrasos e 65 cancelamentos no Santos Dumont.
A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que quatro voos operaram com atraso e 1 foi cancelado.
No fim de semana a categoria rejeitou, em votação mediada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a mais nova proposta costurada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para evitar a greve. O texto trazia uma recomposição pelo INPC e ganho de 0,5%. No pleito, os aeronautas pediam 5% de ganho real.
A greve foi aprovada pelos tripulantes na quinta-feira passada e abraça os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço durante o período de greve, sob pena de multa diária no valor de R$ 200 mil. A categoria manteve a operação, mas as decolagens têm sofrido atrasos e chegam a ser canceladas diante das manifestações.