Fed pode reduzir em breve ritmo da alta dos juros nos EUA, diz Brainard, vice-presidente do Fed

Embora tenha aberto a possibilidade de reduzir o ritmo de aumento dos juros, Brainard enfatizou que o Fed ainda tem "muito trabalho a fazer" para controlar a inflação nos EUA

Lael Brainard, vice-presidente do Fed — Foto: Taylor Glascock/Bloomberg
Lael Brainard, vice-presidente do Fed — Foto: Taylor Glascock/Bloomberg

A vice-presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Lael Brainard, disse hoje que, considerando que os dados de inflação de outubro foram mais tranquilizadores, e os aumentos salariais parecem estar ficando mais moderados, seria apropriado que o Fed reduzisse em breve o ritmo de seus aumentos de juros. Segundo ela, ao reduzir o ritmo, o banco central será capaz de acessar mais dados e melhor ajustar a política para combater a inflação.

Brainard deu uma entrevista à “Bloomberg” no início da tarde onde disse também que era “preciso enfatizar que existe ainda muito trabalho a fazer”. Em novembro o Fed efetivou a quarta alta consecutiva de 0,75 ponto percentual, elevando a taxa dos fed funds para o intervalo entre 3,75% e 4%. Este ano o Fed realizou a mais rápida alta de juros desde 1981.

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“As altas já realizadas, junto com aquelas que foram antecipadas, irão desacelerar a economia de maneiras que ainda não podem ser observadas”, disse ela, sem especificar qual seria a alta que ela ainda acha necessária ser efetivada.

Brainard também destacou a necessidade das criptomoedas serem reguladas da mesma forma que o sistema financeiro tradicional. “É preocupante ver os investidores sendo afetados por essas perdas”, disse, em referência a mais recente queda no mercado de criptomoedas.

Na direção contrária de Brainard, ontem, o membro do conselho do Fed, Christopher Waller fez comentários mais “hawkish”, de que reduzir o ritmo das altas não significa que a taxa terminal será menor. Além disso, mostrou-se mais cético aos dados da CPI de outubro, que ficaram ligeiramente abaixo do esperado, dizendo que são “apenas uma primeira leitura”, o que jogou um balde de água nos mercados hoje.

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