Eletrobras: ‘Privatização trará investimentos em energias renováveis’, diz presidente
Rodrigo Limp garantiu também a revitalização de bacias hidrográficas
O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, disse nesta terça-feira que a privatização trará investimentos em energias renováveis e revitalização de bacias hidrográficas. Em cerimônia de toque de campainha na B3, Limp ressaltou que a companhia, agora privada, chegou a ter ações custando R$ 6 e registrou prejuízos de R$ 31 bilhões entre 2012 e 2015.
A capitalização da empresa teve precificação de R$ 42 para as ações emitidas na quinta-feira. “A Eletrobras começa nova fase, com novo modelo de governança”, disse Limp.
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A cerimônia contou com a presença do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, citado pelo executivo da Eletrobras como um dos responsáveis pela condução do processo de privatização, e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.
O dirigente do banco de fomento lembrou que a privatização da Eletrobras é a segunda maior do país, em uma operação que levantou R$ 33,7 bilhões. Segundo ele, no mundo, poucos países possuem condições de estruturar “uma operação tão complexa como esta”. O BNDES foi responsável pela modelagem da privatização.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a maior empresa de energia limpa e renovável do mundo está livre, capitalizada e é a garantia da segurança energética do Brasil. Segundo ele, a companhia havia esgotado a capacidade de investimentos, recuperada com a capitalização concluída com a precificação em R$ 42 para as novas ações.
A Eletrobras, salientou, precisaria investir anualmente entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões para manter a participação de mercado, ao passo que vinha investindo na casa dos R$ 3 bilhões por ano. “[A Eletrobras] esgotou a capacidade de investimentos. Estamos devolvendo a capacidade de [a empresa] voar”, disse Guedes.
Presente ao evento, o presidente Jair Bolsonaro não discursou, participando apenas da cerimônia de toque da campainha.