Efeitos da Guerra em Israel nos preços de petróleo serão de ‘curto prazo’ mas podem piorar, diz Eurasia
Cientista político diz à Inteligência Financeira que impactos da guerra em Israel no investimento estrangeiro no Brasil será 'secundário'
Os efeitos da Guerra entre o Estado de Israel e o grupo terrorista Hamas nos preços do petróleo tendem a ser de curto prazo, na avaliação do cientista político da consultoria Eurasia Christopher Garman. Contudo, se o Irã se envolver no conflito diretamente, as consequências para o mercado global de combustíveis “piorariam muito”, afirma o especialista.
À Inteligência Financeira, Garman explica que o conflito em Israel, desde que se concentre nas regiões de Gaza e ao norte de Israel, com a possível entrada do Hezbollah na disputa armada, não devem provocar estresse significativo na Economia global.
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Perfil do investidor estrangeiro ‘não mudará no longo prazo’, diz Garman
Ainda de acordo com Garman, a guerra em Israel não denota mudanças significativas para os investimentos diretos no Brasil. Para ele, o investidor estrangeiro deve migrar no curto prazo para opções mais seguras, como os Treasuries americanos. Mas, no longo prazo, nada muda para os mercados emergentes.
“A mudança de perfil do investidor está mais localizada no ambiente de petróleo”, afirma o cientista político. Em contrapartida, com a tensão retomando o ambiente geopolítico, o movimento global de queda de juros pode sofrer um efeito de retardação.
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“Temos novamente um ambiente geopolítico muito tenso. Além disso, existe o aumento do preço de petróleo, taxa recorde dos Fed funds e a economia chinesa está desacelerando. Esses fatores geram uma dificuldade na capacidade dos bancos centrais em diminuir os juros”, diz.
“Mas os efeitos nos investimentos diretos do estrangeiro no Brasil são mais imediatos e secundários”, completa
Eurasia acredita em forte escalada da guerra em Israel
A Eurasia vem monitorando o conflito e, na visão da consultoria política, são altas as chances de escalada da guerra em Israel. No último sábado, diversas regiões do Sul do país hebraico foram invadidas por terroristas do Hamas, dia que marcou um dos piores para a história militar de Israel.
Segundo informações do Ministério de Defesa de Israel, pelo menos 700 israelitas foram mortos após o início das incursões do Hamas. Em resposta, a força aérea do país bombardeou 1.200 alvos na região de Gaza, de onde os terroristas teriam iniciado o ataque, matando mais 400 pessoas, segundo a agência de notícias Reuters.