Vendas no varejo crescem 0,8% em março e em 23 Estados brasileiros

Volume de vendas no varejo cresce 4,5% em comparação com trimestre anterior e sofre menos pressão da inflação em super e hipermercados

Varejo tem resultado positivo de vendas em março e menor pressão da inflação. Foto: Roberto Moreyra/O Globo
Varejo tem resultado positivo de vendas em março e menor pressão da inflação. Foto: Roberto Moreyra/O Globo

O volume de vendas do varejo encerrou o mês de março com crescimento de 0,8% frente a fevereiro, informa a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta quarta-feira (17), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor fechou o primeiro trimestre de 2023 com alta de 2,4% comparado com o mesmo período de 2022.

Na comparação com março do ano passado, o volume do varejo cresceu 3,2%, enquanto o avanço de receita do setor no agregado de 12 meses foi de 1,2%. O IBGE atribuiu a alta à expansão da categoria de equipamentos de escritório, informática e comunicação e farmácia e medicamentos. Os móveis e eletrodomésticos surpreenderam e, mesmo com juros altos, cresceram na pesquisa.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Varejo saiu da estabilidade e inflação não pressionou resultado

A alta do varejo em março representa a saída de um patamar de estabilidade e margem menor para um resultado que pode ser considerado já de crescimento, afirma o o gerente da PMC, Cristiano Santos. Entre janeiro e março, o pesquisador observou que o setor avançou 4,5% em relação a outubro e novembro.

A alta no mês foi acompanhada por três das oito atividades que fazem parte do comércio varejista:

Últimas em Economia

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação — 7,7%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria — 0,7%
  • Móveis e eletrodomésticos — 0,3%

Por outro lado, quatro apresentaram resultado negativo em volume de vendas:

  • Tecidos, vestuário e calçados — -4,5%,
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico — -2,2%,
  • Livros, jornais, revistas e papelaria — -0,6%
  • Combustíveis e lubrificantes — -0,1%

Já o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ficou estável. É a categoria com maior peso no índice, o que explica o crescimento abaixo de um dígito, afirma Santos, do IBGE.

“Foi um resultado bastante equilibrado na análise dos setores. Algumas atividades apresentaram resultado bem próximos da estabilidade, como foi o caso de hiper e supermercados, atividade de maior influência. Já o resultado positivo para o mês pode ser explicado também pelo fato de o setor com o segundo maior peso, de artigos farmacêuticos e perfumaria, ter subido 0,7%.”

Em março, diferente do mês anterior, a inflação não rebateu as receitas do setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, como geralmente ocorre. Santos destaca que tanto a receita quanto o volume do setor tiveram estabilidade.

Varejo ampliado tem aumento de 3,6% no volume de vendas

Já o varejo ampliado teve aumento de 3,6% no volume de vendas em março. A categoria de materiais de construção apresentou resultado positivo de 0,2%, enquanto o setor de veículos e motos, partes e peças cresceu 3,7%.

“O comércio varejista ampliado apresentou um aumento do ritmo de crescimento. Houve avanço de em março e já são quatro meses de altas, puxados principalmente pelo setor de veículos e motos, partes e peças”, afirma o gerente da PMC.

Comércio varejista tem alta de 3,2% em março

O comércio varejista também ampliou margens de crescimento no terceiro mês do ano ante fevereiro, mostrando avanço de 3,2%. O setor cresceu em cinco das oito categorias apuradas pelo IBGE:

  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria — 6,8%
  • Combustíveis e lubrificantes — 14,3%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação — 4,1%
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo — 4,5%,
  • Móveis e eletrodomésticos — 2,0%

Três setores apresentaram queda na comparação ano a ano:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria — -8,0%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico — -12,9%,
  • Tecidos, vestuário e calçados — -7,3%

No comércio varejista ampliado, o crescimento nas vendas foi ainda maior, de 8,8%. Em relação a março de 2022, os setores de veículos e motos, partes e peças, e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, tiveram altas de 10,7% e 5,6%, respectivamente.

Ao mesmo tempo, o setor de Material de construção caiu 5,1% nessa comparação.

Vendas cresceram em 23 Estados brasileiros

Por fim, as vendas no varejo cresceram em 23 dos 27 Estados brasileiros, com as maiores altas em:

  • Espírito Santo — 5,7%
  • Paraíba — 5,4%
  • Alagoas — 4,8%

Os quatro Estados que observaram uma queda no volume foram:

  • Distrito Federal — -1,4%
  • Rio de Janeiro — -2,0%
  • Maranhão — -1,0%
  • Tocantins — -1,1%
A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Varejo


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS