UBS BB eleva projeção para Selic a 13,5% e faz alerta sobre dominância fiscal

O UBS BB revisou as suas previsões para a política monetária do Banco Central, após a decepção do mercado com o pacote de contenção de gastos do governo elevar o dólar à casa de R$ 6 e sob a perspectiva de uma política fiscal mais expansionista. Agora, o banco projeta três altas seguidas de 0,75 […]

O UBS BB revisou as suas previsões para a política monetária do Banco Central, após a decepção do mercado com o pacote de contenção de gastos do governo elevar o dólar à casa de R$ 6 e sob a perspectiva de uma política fiscal mais expansionista. Agora, o banco projeta três altas seguidas de 0,75 ponto percentual da Selic, para uma taxa de 13,5% em março de 2025.

“Acreditamos que esse novo ritmo precisa ser uma decisão unânime do Copom. Esperamos que ele faça isso em sua próxima decisão. Em outras palavras, consideramos um aumento unânime de 0,75 ponto percentual como preferível a uma decisão dividida de alta de 1 ponto”, escrevem os economistas Alexandre de Ázara, Fabio Ramos e Rodrigo Martins, que também avaliam que a depreciação da taxa de câmbio doméstica não permitirá cortes de juros em 2025, ao contrário da perspectiva anterior do UBS.

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Segundo eles, a política fiscal frouxa tem “sobrecarregado” o Banco Central. “Em nossa opinião, a política monetária está arcando com o ônus da política fiscal frouxa, que está se ajustando menos do que deveria. Estamos nos aproximando da dominância fiscal”, alertam.

Na avaliação dos economistas do UBS, apenas cerca de R$ 46 bilhões dos R$ 70 bilhões em cortes de gastos prometidos pelo governo ao longo de 2025 e 2026 devem ser efetivados. A contenção de despesas mais tímida junto do anúncio do aumento da isenção do Imposto de Renda revelou “uma preferência por não fazer grandes ajustes nas despesas, que, em nossa opinião, são necessários”, escrevem Ázara, Ramos e Martins.

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Além das projeções para a Selic, o UBS aumentou as previsões para a taxa de câmbio e o IPCA. Agora, o cenário-base do banco aponta para um dólar cotado a R$ 6 no fim de 2024 e 2025, e uma inflação de 4% no final do ano que vem, de 3,5% na projeção anterior.

*Com informações do Valor Econômico

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