Taxa de desemprego fica estável em 7,6% em janeiro; renda do brasileiro tem alta
Os novos dados do IBGE mostram que mais de 8 milhões de pessoas estavam em busca de um trabalho no país no começo de 2024
O IBGE informou nesta quinta-feira (29) que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,6% no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024 – mesmo percentual do trimestre móvel anterior (de agosto a outubro de 2023). Já na comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desocupação recuou 0,7 ponto percentual.
Com isso, a população desocupada, ou seja, aqueles que estavam em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões no começo de 2024, mantendo-se estável na comparação trimestral e recuando 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
O que influenciou o indicador
Para o IBGE, essa estabilidade da taxa e do contingente de desocupados na comparação trimestral pode ser explicada pela sazonalidade do mercado de trabalho, com a desocupação se reduzindo no final do ano e aumentando nos primeiros meses do ano seguinte.
Últimas em Economia
“Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024”, comenta Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
Enquanto isso, a população com emprego no país chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, com altas de 0,4% (ou mais 387 mil pessoas) frente ao último trimestre móvel comparável e de 2,0% (ou mais 1,957 milhão de pessoas) no ano.
Adicionalmente, o IBGE destaca que os grupamentos de atividade que puxaram a alta na comparação trimestral foram transporte, armazenagem e correio (4,5%, ou mais 247 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (1,9%, ou mais 241 mil pessoas) e Outros serviços (3,1%, ou mais 164 mil pessoas).
Alta no rendimento
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.078 no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024, com a alta de 1,6% no trimestre e de 3,8% no ano, já descontados os efeitos da inflação nesses períodos.
O aumento na comparação trimestral foi puxado pelas altas no rendimento da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou mais R$ 94) e serviços domésticos (2,5%, ou mais R$ 28).
Por fim, no comunicado de divulgação do indicador, Adriana Beringuy observa que a alta do rendimento médio habitual da população ocupada nesse trimestre móvel “foi impulsionada pelo setor público formal”. “No setor privado, o aumento do rendimento foi nas categorias dos trabalhadores sem carteira e dos empregados domésticos sem carteira, segmentos mais informais”, comenta.
Na comparação anual, houve alta no rendimento da indústria (5,3%, ou mais R$ 152), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,2%, ou mais R$ 125), transporte, armazenagem e correio (5,0%, ou mais R$ 140), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais R$ 133) e serviços domésticos (2,8%, ou mais R$ 32).
Além disso, como o rendimento médio e o número de trabalhadores continuaram a crescer, a massa de rendimento subiu 2,1% frente ao trimestre anterior e 6,0% na comparação anual, chegando a R$ 305,1 bilhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.