Servidores do Banco Central iniciam greve por tempo indeterminado

Funcionários da autoridade monetária reivindicam reajuste salarial e reestruturação da carreira

Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB
Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB

Os servidores do Banco Central (BC) iniciam hoje greve por tempo indeterminado por reajuste e reestruturação da carreira. A expectativa do sindicato que representa a categoria é de adesão entre 60% e 70%.

“A greve poderá afetar o Pix e outros serviços do órgão, como a divulgação do boletim Focus e de diversas taxas financeiras”, disse o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

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A categoria já fazia desde 17 de março paralisações diárias das 14h às 18h e operação-padrão, também conhecida como operação-tartaruga, em que as equipes realizam os trabalhos de forma mais lenta. No período, diversas publicações importantes do BC foram atrasadas.

As notas econômico-financeiras (setor externo, crédito e fiscal) estavam previstas para esta semana, mas foram adiadas e ainda não foi divulgada nova data de publicação.

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Foi organizada ainda uma entrega conjunta de cargos de chefia. Até agora, segundo a entidade, 700 comissões foram abandonadas. Ao todo, são 1 mil comissões, 50% gerenciais e 50% de assessoramento. As exonerações não foram publicadas no Diário Oficial, segundo a entidade, porque a direção do BC decidiu tentar “segurar” as portarias de descomissionamento. “O Sinal vai cobrar a efetivação das portarias”, afirmou o sindicato.

Eles começaram a se mobilizar após o Congresso aprovar previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o movimento ganhou força em meio à insatisfação também com a postura do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, segundo servidores, não tem levado as demandas dos trabalhadores ao Executivo e ao Congresso.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, se reuniu na última terça-feira com servidores, mas de acordo com entidades que representam a categoria, a pauta não avançou.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 27%, além de reestruturação das carreiras do BC, que não tem impacto financeiro ao governo. A medida exigiria nível superior para o cargo de técnico, que hoje é de nível médio, e alteraria a nomenclatura de analista para auditor, por exemplo.

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