Safra entra com recurso para adiar Assembleia Geral de Credores de Americanas

O Banco Safra entrou com recurso na 4ª Vara Empresarial do Rio para adiar a assembleia

Vista da fachada da Lojas Americanas (AMER3), em Petrópolis (RJ). Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo
Vista da fachada da Lojas Americanas (AMER3), em Petrópolis (RJ). Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo

O Banco Safra entrou com recurso na 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro para adiar a Assembleia Geral de Credores (AGC) de Americanas, que a companhia convocou em primeira chamada para o dia 19 de dezembro.

De acordo com o documento obtido pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o banco questiona o fato de a AGC ter sido convocada sem a apresentação de documentos exigidos pela lei de recuperação judicial de empresas.

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O Safra pede que o rito seja preservado e que a AGC ocorra somente após Americanas ter apresentado a lista atualizada de credores e individualizada dos debenturistas e também demonstrações financeiras de 2020.

Segundo o banco, a lista atualizada é necessária “para que se tenha o adequado acesso à informação e o conhecimento dos credores prejudicados, inclusive para fins de apuração de quóruns de votação na AGC, dado o risco de ineficácia e invalidação futuro de atos”.

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Ainda segundo o Safra, não há uma lista de credores atualizada para 19 de janeiro de 2023, como já decidido pelo Tribunal de Justiça do Rio em recurso do próprio banco.

O administrador judicial do processo preparou somente uma lista com data de 12 de janeiro de 2023 e ignorou a data de 19 de janeiro.

O Safra alega ainda que a Americanas não apresentou todos os demonstrativos financeiros exigidos por lei para o ajuizamento da recuperação judicial, fazendo referência a ausência da reapresentação do balanço de 2020.

A varejista divulgou na semana passada os balanços de 2021 e 2022, anuais. O banco diz que isso significa omitir dos credores o status de sua real saúde financeira antes da votação do plano de recuperação judicial.

O Safra também faz referência a reservas ao conteúdo dos balanços apresentados pelo auditor independente contratado para validar os números apresentados por Americanas.

Por fim, comenta que poderá impugnar “oportunamente e especificamente as cláusulas que entender ilegais” no plano de recuperação judicial, “bem como adotar todas e quaisquer medidas que entender cabíveis, fazendo o uso de seu exercício regular de direito”.

O Safra, que tem R$ 2,5 bilhões a receber da Americanas, é autor também de um recurso, que ainda não foi julgado, para que R$ 400 milhões de um aval pago em nome da varejista ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fique fora da recuperação judicial. A informação foi antecipada pelo Broadcast, segundo duas fontes a par do assunto.

Com informações do Estadão Conteúdo

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