Real se torna a moeda de pior desempenho do dia e juros futuros sobem com risco fiscal, China e IPCA
O dólar à vista ampliou sua valorização na manhã desta sexta-feira e o real se tornou a moeda com pior desempenho da sessão, da relação das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Os estímulos anunciados pela China desanimaram os agentes financeiros e afetaram as moedas de mercados emergentes e de exportadores de commodities em […]
O dólar à vista ampliou sua valorização na manhã desta sexta-feira e o real se tornou a moeda com pior desempenho da sessão, da relação das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Os estímulos anunciados pela China desanimaram os agentes financeiros e afetaram as moedas de mercados emergentes e de exportadores de commodities em bloco. No Brasil, a piora na percepção de risco fiscal dá suporte adicional para a apreciação do dólar, enquanto o governo não faz anúncio oficial das medidas fiscais, o que bate no aumento do prêmio exigido, ainda, no mercado de juros.
O noticiário traz hoje informações que afastam a percepção dos agentes de que o governo poderá fazer um corte mais estrutural dos gastos. O Valor informou que o seguro-desemprego, por exemplo, deve ser poupado das medidas do governo, enquanto outros veículos de imprensa mencionam uma desidratação no pacote de redução de gastos, em meio a relatos de que ministros de pastas ligadas a políticas sociais têm resistido aos cortes de gastos propostos pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Diante disso, o dólar exibe apreciação de 1,43%, cotado a R$ 5,7565, enquanto a moeda americana também avança 1,26% ante o rand sul-africano e 1,17% contra o won sul-coreano. As três divisas estão no topo de pior performance contra o dólar, no ranking de moedas mais líquidas nesta sexta-feira.
Os juros futuros também tocaram as máximas intradiárias há pouco, pressionados tanto pela questão fiscal quanto pelos números do IPCA de outubro. Além de mostrar a inflação em 12 meses acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, o indicador exibiu uma composição pior, com pressão dos serviços subjacentes, que têm sido acompanhados de perto pela autoridade monetária.
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No horário citado anteriormente, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 exibia alta de 13,015%, do ajuste anterior, para 13,10%; a do DI de janeiro de 2027 subia de 13,04% para 13,165%; e a do DI de janeiro de 2029 avançava de 12,905% para 12,99%.
*Com informações do Valor Econômico