Prêmio Nobel de Economia: nos últimos dez anos destaque para estudos sobre mulheres e pobreza

Prêmio coloca foco no mercado de trabalho feminino, em questões de desigualdade social e regulamentação dos mercados

Ilustração de anúncio de Claudia Goldin como vendedora do Nobel de Economia 2023. Imagem: Niklas Elmehed/Nobel Prize
Ilustração de anúncio de Claudia Goldin como vendedora do Nobel de Economia 2023. Imagem: Niklas Elmehed/Nobel Prize

A temporada do prêmio Nobel de 2024 começou oficialmente nesta terça-feira (8). Assim, foram revelados os vencedores do prêmio de Física. Ainda serão distribuídos outros cinco prêmios nos próximos dias: o Nobel de Química, Medicina, Literatura, Paz. E o prêmio Nobel de Economia.

Vamos colocar foco neste último prêmio Nobel.

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Mais precisamente nos assuntos premiados nos últimos dez anos – entre 2023 e 2014. Sim, é claro que a maioria dos vencedores trabalha para universidades norte-americanas.

Prêmio Nobel para análise do mercado de trabalho e as mulheres

Então, o que chama a atenção nesta lista são os assuntos laureados.

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Especialmente o prêmio do ano passado. Ele foi concedido a Claudia Goldin.

Assim, a acadêmica de Harvard teve reconhecido o trabalho desenvolvido em torno de um assunto bastante atual. Ela estuda a compreensão dos resultados das mulheres no mercado de trabalho.

O que o prêmio mostrou

Dessa maneira, a academia destacou que as mulheres, sub-representadas no mercado global de trabalho, ganham menos do que os homens.

Claudia vasculhou e coletou mais de 200 anos de dados sobre o assunto nos Estados Unidos. Então, isso a permitiu demonstrar porque as diferenças de gênero em ganhos e taxas de emprego mudaram ao longo do tempo.

Confira a lista com todos os ganhadores do Nobel de Economia.

Ano da premiaçãoVencedor do Prêmio
Nobel de Economia
Resumo do trabalho premiado
2023Claudia Goldin | Harvard UniversityPor avançar a compreensão dos resultados das mulheres no mercado de trabalho
2022Ben Bernanke (The Brookins Institution), Douglas Diamond (University of Chicago) e Philip H. Dybvig (Washingon University)Pela pesquisa sobre bancos e crises financeiras.
2021David Card (University of California, Berkley), Joshua D. Angrist (Massachusetts Institute of Technology, MIT) e Guido W. Imbens (Stanford University)David Card pela sua contribuição empírica à economia do trabalho e Joshua Angrist e Guido Imbens pelas contribuições metodológicas para a análise das relações causuais.
2020Paul R. Milgrom (Stanford University) e Robert B. Wilson (Stanford University)Pela melhoria na teoria dos leilões e invenções de novos formatos de leilões.
2019Abhijit Banerjee e Esther Duflo (Massachusetts Institute of Technology, MIT) e Michael Kremer (Harvard University)Pela abordagem experimental para aliviar a pobreza global.
2018William D. Nordhaus (Yale University) e Paul M. Romer (NYU Stern School of Business)William Nordhaus por integrar as alterações climáticas na análise macroeconômica de longo prazo. Paul Romer por integrar com seus estudos inovações tecnológicas na análise macroeconômica. Também de longo prazo.
2017Richard H. Thaler (University of Chicago)Por suas contribuições à economia comportamental.
2016Oliver Hart (Harvard University) e Bengt Holmström (Massachusetts Institute of Technology, MIT)Por suas contribuições à teoria dos contratos.
2015Angus Deaton (Princeton University)Pela sua análise do consumo, da pobreza e do bem-estar.
2014Jean Tirole (Toulouse School of Economics, TSE)Por sua análise sobre o poder de mercado e regulamentações.
Fonte: The Sveriges Riksbank Prize in Economics Sciences in Memory of Alfred Nobel

Prêmio Nobel de Economia: preocupação com o social

Então, percebe-se foco maior em questões sociais. Um dos principais problemas do mundo atualmente. A desigualdade social.

Dessa forma, destaca-se a premiação de 2019. Abhijit Banerjee e Esther Duflo (Massachusetts Institute of Technology, MIT) e Michael Kremer (Harvard University) foram escolhidos. E pelo trabalho em torno de uma abordagem experimental para reduzir a pobreza no mundo.

Assim como ocorreu alguns anos antes. Angus Deaton (Princeton University) levou o prêmio em 2015 por sua análise do consumo, da pobreza e do bem-estar.

Então, fica a pergunta: quem será que leva desta vez?

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