Prêmio Nobel de Economia 2023 vai para estudo sobre mercado de trabalho das mulheres

A americana Claudia Goldin é apenas a terceira mulher a receber a láurea na categoria

Ilustração de anúncio de Claudia Goldin como vendedora do Nobel de Economia 2023. Imagem: Niklas Elmehed/Nobel Prize
Ilustração de anúncio de Claudia Goldin como vendedora do Nobel de Economia 2023. Imagem: Niklas Elmehed/Nobel Prize

O Prêmio Nobel de Economia 2023 foi concedido nesta segunda-feira (9) para a americana Claudia Goldin. Afinal, ela avançou “nossa compreensão dos resultados do mercado de trabalho das mulheres”, afirmou a Academia Real de Ciências da Suécia. Ela é apenas a terceira mulher a receber o Nobel de Economia: antes dela, Elinor Ostrom foi a vencedora em 2009 e Esther Duflo em 2019.

Os organizadores do Nobel de Economia 2023 afirmam que Claudia “apresentou o primeiro relato abrangente sobre os rendimentos das mulheres e a participação no mercado de trabalho ao longo dos séculos”. Isso porque descobriu fatos novos e surpreendentes sobre os papéis históricos e contemporâneos das mulheres no mercado de trabalho.

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As limitações impostas às escolhas das mulheres, historicamente e hoje, pelo casamento e pela responsabilidade pelo lar e pela família está no centro das análises e modelos explicativos de Claudia.

Diferente dos outros prêmios Nobel, o de Economia não constava no testamento de Alfred Nobel de 1895, mas pelo banco central sueco em sua memória. O primeiro vencedor foi escolhido em 1969.

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No ano passado, o premiado foi o ex-presidente do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) Ben S. Bernanke e dois economistas dos Estados Unidos, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig, por estudos sobre bancos e crises financeiras.

O comitê avaliou, portanto, que o trabalho dos três economistas estabeleceu as bases para lidar com essas crises, mostrando como é vital evitar colapsos de bancos.

Quem já ganhou o Nobel 2023?

Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina

Os anúncios do Prêmio Nobel 2023 começaram no dia 2 de outubro, com os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA recebendo o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman.

Dessa forma, as descobertas da dupla permitiram o desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, o que contribuiu para frear a maior pandemia do último século, com quase 7 milhões de vítimas (700 mil delas no Brasil).

Prêmio Nobel de Física

Três pesquisadores levaram o Prêmio Nobel de Física no dia 3. São eles: os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier. Assim, tiveram homenagens pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o “estudo da dinâmica eletrônica na matéria”. Anne L’Huillier é apenas a quinta mulher a ganhar a láurea na categoria da Física.

Prêmio Nobel de Química

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Química, na quarta-feira, 4, foram os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio teve reconhecimento, então, pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

Prêmio Nobel de Literatura

O norueguês Jon Fosse foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 na quinta-feira (5). Isso graças, afinal, às “suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível”, segundo a Academia Sueca. Fosse é como um “Beckett do século 21”.

Prêmio Nobel da Paz

Já o Prêmio Nobel da Paz de 2023 teve como vencedora, na sexta-feira (6), a ativista iraniana dos direitos das mulheres Narges Mohammadi. Mohammadi já foi presa 13 vezes no Irã e condenada a 31 anos de prisão por conta de seu ativismo.

Isso porque, mesmo da prisão, ela foi uma das lideranças da onda de protestos no ano passado no Irã após a morte de Mahsa Amini. Masha era uma jovem de 22 anos, morta após ser detida pela polícia iraniana em Teerã sob a acusação de não usar o hijab, véu que cobre os cabelos, de maneira adequada.

Com informações do Estadão Conteúdo

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