A combinação de fatores que pode elevar preços de energia no Brasil e beneficiar a Eletrobras

Itaú BBA avalia que a Eneva também poderia entregar ganhos robustos se a tendência persistir

Torres de linha de transmissão de energia. Foto: Pawel Kopczynski/Reuters
Torres de linha de transmissão de energia. Foto: Pawel Kopczynski/Reuters

A diminuição do volume disponível em reservatórios de água registrada até agora no segundo trimestre de 2024 é a segunda pior no período analisado, superada apenas pela ocorrida em 2021, quando o Brasil enfrentava sua última seca severa, observa o Itaú BBA em relatório.

Além disso, o banco destaca que a ausência de chuva cria um efeito dominó para a recuperação dos reservatórios, com o solo mais seco tornando mais difícil restaurar o equilíbrio nos recursos hídricos.

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Dada a alta probabilidade de chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média nos próximos meses, os analistas do banco afirmam que os preços da energia podem ver outra tendência de alta à medida que o cenário hidrológico se deteriora e a demanda, potencialmente, aumenta.

“Isso apoia nossa visão positiva sobre geradoras não contratadas e empresas de geração térmica. Entre essas empresas, acreditamos que Eletrobras, Copel e Eneva poderiam ter um desempenho sólido uma vez que o ceticismo do mercado sobre os preços da energia comece a desaparecer”, escreve a equipe liderada por Fillipe Andrade.

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Eletrobras

O banco ainda comenta que, com base nas suas recentes interações com agentes de mercado, a Eletrobras parece ter aproveitado a recente volatilidade nos preços da energia para desbloquear ativamente valor de seu portfólio, particularmente para 2025.

“A Eletrobras é de longe a maior beneficiária de uma tendência de alta nos preços da energia, dado seu portfólio não contratado”, diz o Itaú BBA.

“Além disso, em seus resultados do primeiro trimestre, a empresa reduziu a visibilidade sobre seus volumes endereçáveis de energia não contratada, o que acreditamos sublinhar o quão crucial é que a gestão reforce o poder de precificação da Eletrobras”, acrescenta o banco.

Eneva

Para a Eneva, apesar do desempenho errático das ações desde abril, o Itaú acredita que uma deterioração contínua do cenário hidrológico poderia impulsionar sua tendência de ganhos.

Os tópicos discutidos no relatório, bem como as prováveis condições mais secas à frente, apoiam a recomendação de compra do Itaú BBA para Eletrobras e Eneva.

“Ambas as empresas são as líderes neste cenário atual e poderiam entregar ganhos robustos se a tendência de alta nos preços da energia e a tendência de baixa na hidrologia persistirem nos próximos meses”, destacam.

Com informações do Valor Econômico

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