Preço de transporte marítimo aumenta com a continuidade dos ataques no Mar Vermelho

Interrupções estão em um ponto-chave para os navios que passam pelo Canal de Suez

Navio de transporte de cargas. Foto: Gonzalo Azumendi/Getty Images
Navio de transporte de cargas. Foto: Gonzalo Azumendi/Getty Images

Os preços do transporte marítimo global continuam a subir, conforme os rebeldes Houthi seguem atacando os navios de carga no Mar Vermelho e nos arredores.

As interrupções estão em um ponto-chave para os navios que passam pelo Canal de Suez e criam problemas nas cadeias de suprimentos da Europa e dos EUA, atrasando as remessas e aumentando os custos de transporte.

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Os custos médios mundiais de transporte de um contêiner de 40 pés subiram 23% na semana até 18 de janeiro, para US$ 3.777, de acordo com a Drewry Shipping Consultants, com sede em Londres, mais do que dobrando em relação ao mês passado.

Os aumentos são percebidos muito além das rotas comerciais interrompidas que ligam a China à Europa e à costa leste dos EUA. As tarifas do mercado spot para enviar um contêiner da China para Los Angeles subiram 38% na semana até 18 de janeiro, para US$ 3.860.

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‘Volatilidade está de volta’

“A volatilidade está de volta, em grande parte no transporte internacional de contêineres”, disse o diretor-gerente do grupo Drewry Shipping Consultants, Philip Damas.

As grandes empresas que têm contratos de longo prazo com transportadoras marítimas são, em boa parte, imunes às oscilações do mercado spot.

Mas Damas disse que muitas dessas empresas estão pagando sobretaxas de 20% ou mais, além das taxas contratuais, para compensar os custos mais altos de transporte, como combustível e seguro.

O Fundo Monetário Internacional afirma que o tráfego marítimo pelo Canal de Suez caiu 37% até agora em 2024 em relação ao ano anterior, e as principais transportadora marítimas desviaram navios por rotas alternativas pela África, acrescentando mais de uma semana de trânsito.

Os atrasos já estão afetando alguns fabricantes na Europa, como as indústrias automobilísticas da Tesla e da Volvo, devido à escassez de peças.

Com informações do Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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