Powell diz que estresse do sistema bancário pode influenciar o caminho da taxa de juros

Membros do Fed indicaram que aumentar as taxas na reunião de 14 de junho pode ser uma decisão difícil

Jerome Powell, chairman do Federal Reserve — Foto: Sarah Silbiger/Reuters
Jerome Powell, chairman do Federal Reserve — Foto: Sarah Silbiger/Reuters

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o estresse no sistema bancário pode significar que o banco central não terá que aumentar tanto as taxas de juros para desacelerar a economia.

Powell falou nesta sexta-feira sobre o chamado “Princípio da Separação”, no qual os banqueiros centrais usam ferramentas de empréstimos de emergência para lidar com as perturbações do mercado financeiro e de crédito, de modo que suas ferramentas de política monetária – principalmente as taxas de juros – possam permanecer focadas no combate às altas taxas de inflação.

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O Fed implementou rapidamente um amplo apoio aos empréstimos para aliviar as tensões do setor bancário em março, após o colapso de dois bancos de médio porte.

O banco central elevou as taxas de juros em suas reuniões de março e novamente em maio, após a falência de um terceiro banco, para combater a alta inflação.

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Mas Powell disse que há limites para o quanto pode separar a política monetária dos esforços de estabilização do mercado financeiro.

“Nossas ferramentas têm objetivos separados, mas os efeitos muitas vezes não são totalmente independentes”, disse Powell. “Por estarem tão interligados, para mim, não é provável que haja uma separação absoluta e completa das ferramentas – nem isso é possível ou desejável.”

O Fed elevou agressivamente sua taxa referencial dos Fed Funds no ano passado para combater a inflação e mais recentemente para uma faixa entre 5% e 5,25% neste mês.

Os membros do Fed indicaram que sua decisão sobre aumentar as taxas novamente em sua reunião de política monetária de 13 a 14 de junho pode ser uma decisão difícil.

“Os riscos de fazer muito versus fazer pouco estão se tornando mais equilibrados”, disse Powell. “Dado o quão longe chegamos, podemos nos dar ao luxo de analisar os dados” antes de decidir quanto as taxas mais altas podem precisar aumentar, disse ele.

Outros disseram que a inflação e a atividade econômica não estão desacelerando o suficiente para justificar manter as taxas estáveis.

Powell disse que o Fed está comprometido em reduzir a inflação para sua meta de 2%. “O fracasso em reduzir a inflação não apenas prolongaria a dor, mas também aumentaria, em última análise, os custos sociais de recuperar a estabilidade de preços, causando danos ainda maiores para famílias e empresas”, disse ele.

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