Powell: ‘Decisões sobre taxas de juros dependerão da economia, que é incerta’

Presidente do Fed afirmou que a autoridade monetária espera para sentir os reais efeitos do aperto na atividade e na inflação

Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters
Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira (29) que as decisões sobre a continuidade no aperto monetário vão depender da evolução na economia, “que é sempre incerta, particularmente hoje”. Powell voltou a reforçar que as decisões vão ser tomadas a cada reunião, continuando a um “passo moderado”.

“Aumentamos nossa taxa de juros em 5 pontos porcentuais em pouco mais de um ano, então a política monetária esteve restrita por poucos meses. Ainda estamos esperando para sentir os reais efeitos do aperto na atividade e na inflação”, disse Powell, durante painel na IV Conferência sobre Estabilidade Financeira, em Madri (Espanha).

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“É difícil dizer em qual velocidade vai acontecer. Nosso compromisso não é com um número específico de altas de juros, mas com uma postura suficientemente restritiva para trazer a inflação de volta a 2%. O momento e a extensão das altas vão depender do curso da economia”, acrescentou.

Bancos falidos

Jerome Powell também disse que os três bancos que faliram nos Estados Unidos – Silicon Valley Bank, Signature Bank e First Republic Bank – tinham duas características em comum: um gerenciamento de taxa de juros “muito ruim” e um modelo de financiamento que envolvia grandes quantidades de depósitos não segurados.

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Durante o painel em Madri, Powell afirmou que o Fed está agindo para que o sistema se estabilize. “No curto prazo, estamos em contato com instituições que têm essas características, para aperfeiçoamentos. No médio prazo, acreditamos que há meios de fortalecer a regulação e a supervisão”, disse.

No mesmo painel, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco da Espanha, Pablo Hernández de Cos, avaliou ser “importante colocar mais ênfase na supervisão” do setor bancário, que “não estava funcionando bem”. Ele afirmou que, “embora crucial, não é fácil supervisionar a sustentabilidade dos modelos de negócios dos bancos”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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