Petz vai entrar em plano de saúde para montar sua ‘Hapvida animal’
Principal aposta da Petz é um plano de saúde animal próprio, cujo diferencial em relação à concorrência será custo do plano
A Petz, rede de pet shops criada há exatamente 20 anos e que vale R$ 4,8 bilhões na Bolsa, quer alavancar a linha de serviços no seu balanço — majoritariamente dependente da venda de produtos hoje. A principal aposta é um plano de saúde animal próprio, cujo diferencial em relação à concorrência será sua “verticalização”: os pacientes serão tratados exclusivamente nos hospitais e clínicas da própria Petz. Será, portanto, uma espécie de “Hapvida animal”, admite o fundador e CEO Sérgio Zimerman.
“Há um movimento de humanização dos pets no Brasil que leva à reprodução de comportamentos semelhantes aos de pais com seus filhos. Isso está chegando à saúde. O tutor tem um pet que ama como um filho, mas teme que, em uma emergência, o cuidado traga uma conta que machuque seu orçamento. É aí que entra o plano”, diz Zimerman.
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O plano será lançado em regime piloto entre o fim deste ano e o começo de 2023. Inicialmente, sua oferta será concentrada geograficamente, em uma região que ainda será escolhida. O CEO não fala em preços, mas sustenta que a ideia é “democratizar” o produto. “Não será um plano elitizado”, diz.
A “verticalização” será possível porque a Petz vem construindo uma rede própria de saúde animal sob a marca Seres. Já são ao todo 15 hospitais em nove estados e no DF. Uma nova unidade será lançada em Cuiabá este mês. Considerando-se também os centros veterinários, são 143 unidades.
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“Vamos ser os operadores do plano. Não haverá terceiros, porque é isso que encarece o produto. Também não pretendemos credenciar outros hospitais e clínicas. Queremos ter todo o controle”, explica.
A expansão da rede de saúde acompanha a pulverização das lojas do grupo. São 188 lojas em 19 estados e no Distrito Federal. O plano é chegar aos sete estados restantes até 2025.
O plano de saúde é apenas parte da estratégia da Petz nos serviços em que rivais como Petlove, que comprou a DogHero, já estão estabelecidos. Segundo o CEO, a ideia é se diferenciar dos rivais assumindo integralmente a responsabilidade pelo que é contratado, mesmo que o serviço seja prestado por parceiros.
“Queremos estar em todos os serviços que a interação entre tutor e pet possa suscitar. Hotel, “sitter” etc. A concorrência tem um ‘marketplace’. Isso é tudo o que a gente não quer.”
Para dar ênfase aos serviços, uma nova vice-presidência passará a supervisionar todo o segmento a partir do mês que vem.