Petróleo acelera perdas com tom moderado de Zelensky sobre Otan e Rússia

Presidente da Ucrânia afirmou que pode abrir mão de uma adesão à Otan, o que poderia levar ao fim de hostilidades russas ao país

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP)
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP)

O petróleo tem recuado com mais força na manhã desta quarta-feira em meio a busca dos investidores por uma leitura menos catastrófica do conflito entre Ucrânia, Rússia e Ocidente. Na segunda-feira, o presidente ucraniano disse em entrevista que poderia abrir mão de aderir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que deu algum alívio ao temor de novas escaladas de ataques. Hoje analistas leem o bloqueio de petróleo russo pelos Estados Unidos e Reino Unido como menos problemático do que o imaginado, ainda que desregule a relação oferta e demanda.

Às 9h30, os preços dos contratos para maio do Brent, a referência global, operavam em queda de 3,09%, a US$ 119,88 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para abril do WTI, a referência americana, perdiam 3,03%, a US$ 116,02 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

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Na segunda-feira à noite, em entrevista a ABC News, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que pode abrir mão de uma adesão à Otan, o que poderia levar ao fim de hostilidades russas ao país. Isso bastou para dar algum alento aos investidores. Hoje também surgem leituras de que o boicote americano e britânico ao petróleo russo pode ter menos impacto no mercado do que o imaginado.

“Os Estados Unidos têm sido um comprador marginal dos chamados óleos não processados [russos], que provavelmente podem substituir facilmente por alternativas. Da mesma forma, a proibição do Reino Unido só se aplicará neste ano, o que dá tempo suficiente para ajustar a oferta”, escreveu Nobert Rücker, chefe de pesquisa do Julius Baer.

“O mundo não está ficando sem petróleo. Hoje estamos testemunhando uma crise de preços e não uma crise de oferta. É provável que os fluxos de petróleo russos se recuperem um pouco ao longo do tempo, mas o provável corte duradouro de volumes e os prováveis descontos de preços altos devem permanecer economicamente muito dolorosos para o país.”

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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