Petróleo fecha em forte queda, mas encerra trimestre com ganhos de mais de 30%

Com as quedas anotadas hoje, ambas as referências do petróleo estendem as perdas da semana a mais de 10%

(Foto: Zbynek Burival/Unsplash)
(Foto: Zbynek Burival/Unsplash)

Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta quinta-feira em forte queda, pressionados pela notícia de que os Estados Unidos vão liberar petróleo da sua reserva estratégica para ajudar a manter os preços da commodity sob controle.

O contrato do petróleo Brent para junho – a referência global da commodity – fechou em queda de 6,03%, a US$ 104,71 por barril, enquanto o do WTI americano para maio caiu 6,99%, a US$ 100,28 por barril na sessão.

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Com as quedas anotadas hoje, ambas as referências do petróleo estendem as perdas da semana a mais de 10%, moderando as fortes altas anotadas no mês de março. O Brent fechou o trimestre com ganhos acumulados de 34,62%, enquanto o WTI subiu 33,33% no período, recebendo impulso de temores sobre a escassez de oferta global da commodity, que foi ampliada pelas incertezas geradas pela invasão da Ucrânia no fim de fevereiro.

Os preços do petróleo caíram no começo da semana, com o otimismo em relação às negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia aliviando a pressão de alta das últimas semanas. Hoje, porém, as quedas foram motivadas pelo anúncio da Casa Branca de que o governo americano pode liberar até 1 milhão de barris de petróleo por dia da sua reserva estratégica. Perto do fechamento do petróleo, Biden disse também espera que os aliados do país liberem entre 30 e 50 milhões de barris nos próximos dias, para conter o avanço dos preços.

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“Parece mais um esforço concentrado e mais significativo, que pode ter um pouco mais de peso”, afirma James Athey, gerente de investimentos da Abrdn.

Damien Courvalin, estrategista-chefe de energia do Goldman Sachs, prevê que, com a liberação das reservas, os preços do petróleo devem fechar 2022 em torno de US$ 120 por barril, US$ 15 abaixo do estimado anteriormente. Porém, para 2023, a estimativa é de que os preços fiquem US$ 5 maiores a US$ 110.

A notícia sobre a intenção de Washington veio antes da reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), que decidiu aumentar a expansão mensal de sua produção para 432 mil barris diários, dos 400 mil barris anteriores.

Há, ainda, a expectativa pela reunião da Agência Internacional de Energia (AIE), que também deve anunciar uma liberação coordenada de estoques de petróleo. Relatos dão conta de que o cartel de países da Opep+ quer excluir a Agência, com sede em Paris, como fonte de produção da commodity.

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