Petróleo cai com tensão geopolítica na Ucrânia e possível volta de oferta iraniana

Investidores também avaliam os dados do American Petroleum Institute (API) sobre os estoques de petróleo dos EUA, enquanto aguardam os dados oficiais do Departamento de Energia

Foto: Unsplash
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Os preços do petróleo são negociados com oscilações estreitas e um ligeiro viés negativo, com os investidores monitorando as tensões geopolíticas envolvendo a Ucrânia e a perspectiva de um acordo nuclear entre os Estados Unidos e o Irã, enquanto aguardam dados oficiais sobre os estoques americanos da commodity e derivados.

Às 7h40, o contrato futuro para março do petróleo tipo WTI, a referência dos EUA, caía 0,39%, a US$ 89,01, enquanto o contrato futuro para abril do petróleo tipo Brent, a referência global, cedia 0,30%, a US$ 90,50 por barril.

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Embora os incentivos para celebrar um acordo com o Irã tenham aumentado, o Goldman Sachs continua com cautela de que um acordo poderá ser alcançado em breve, uma vez que a falta de conversações diretas entre as partes envolvidas permite que haja desacordos em questões-chave.

De qualquer forma, sinais de que as negociações indiretas entre os EUA e o Irã estão chegando ao fim parecem pesar sobre os preços do petróleo. “Um acordo permitiria que os volumes de petróleo do Irã subissem no terceiro trimestre, o que pode pesar sobre os preços do petróleo”, emendou o Goldman Sachs.

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Qualquer acordo provavelmente faria com que as sanções ao Irã fossem suspensas, permitindo maior liberdade para exportar a produção de petróleo do país persa.

“Além da sensação positiva que vem das negociações, o governo Biden sente a pressão em reduzir a inflação e o caminho mais rápido para fazer isso seria baixar os preços de energia”, observou Robert Yawger, do Mizuho Bank. Para ele, é mais provável que o Irã consiga um acordo com Washington com o preço do barril no mercado internacional ao redor de US$ 90 do que se estivesse em torno de US$ 50.

Já em relação à tensão geopolítica entre Rússia e o Ocidente, a conversa entre o presidente francês, Emmanuel Macron, com o presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira parece ter acalmado o nervosismo em relação a uma iminente invasão russa na Ucrânia, apesar do deslocamento de tropas de Moscou para a fronteira com o país do Leste Europeu. “Parece existir uma menor possibilidade de uma grande ação da Rússia”, disse Victoria Fernandez, estratega-chefe de mercado da Crossmark Global Investments.

Além disso, os investidores também avaliam os dados do American Petroleum Institute (API) sobre os estoques de petróleo dos EUA, enquanto aguardam os dados oficiais do Departamento de Energia (DoE). Segundo o API, na semana passada, os estoques de petróleo caíram 2 milhões de barris na semana passada, enquanto os estoques de gasolina recuaram 1,1 milhão de barris.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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