Petrobras (PETR4) fecha em queda após bater máxima histórica; estatal anunciou corte do preço da gasolina em R$ 0,13 para as distribuidoras

Apesar da baixa, a valorização de papéis da companhia em 2023 se aproxima de 50%

Refinaria da Petrobras (PETR3; PETR4). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Refinaria da Petrobras (PETR3; PETR4). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) encerram o pregão desta quinta-feira (15) no campo negativo após subirem cerca de 2% durante a manhã. Os papéis ordinários recuaram 1,45% (R$ 33,30), enquanto os preferenciais baixaram 2,36% (R$ 29,39).

O movimento sinaliza uma realização de lucros. Pela alta liquidez, a estatal vinha sendo favorecida pelo momento positivo da bolsa brasileira, que chegou a rondar os 120 mil em parte da sessão.

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Apenas em junho, as ações da companhia acumulam uma valorização de mais de 20%. O salto em todo ano de 2023 se aproxima de 50%.

Nesta quinta, na máxima, os papéis preferenciais tocaram R$ 30,85. O valor representava um recorde na série histórica do desempenho da companhia na bolsa brasileira desde julho de 1994.

O que puxou a queda da Petrobras hoje?

Por volta das 12h15, o que pode ter influenciado a virada de sinal na B3, a companhia informou que reduzirá em R$ 0,13 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A nas refinarias, que passará a ser de R$ 2,66 por litro para as distribuidoras a partir de sexta-feira (16).

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro”, diz a empresa em nota.

“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, acrescenta o texto.

Recorde mensal na produção de Diesel S10

Mais cedo, a Petrobras informou que registrou, em maio, recorde mensal na produção de Diesel S10, chegando à marca de 2,06 bilhões de litros. Com esse resultado, a companhia superou o recorde anterior de produção de 1,93 bilhões de litros, alcançado em 2021.

Em nota, a petroleira explica que o Diesel S10 tem teor máximo de enxofre de 10 partes por milhão. “Trata-se de um derivado estratégico para a companhia e para o país, por ser menos poluente e ter baixo impacto ambiental”, destaca.

Segundo a empresa, com a maior utilização da capacidade instalada das refinarias, o recorde é fruto de melhorias operacionais constantes, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado.

As unidades de refino da Petrobras registraram, também em maio, a marca de 95% no porcentual de processamento.

O Fator de Utilização Total (FUT) das refinarias é o melhor resultado mensal desde julho de 2015. Em alguns dias, na segunda quinzena do mês, o nível chegou a superar os 99%.

O desempenho foi alcançado mesmo com paradas programadas de manutenção na RPBC (Cubatão, SP), Refap (Canoas, RS), Reduc (Duque de Caxias, RJ) e Replan (Paulínia, SP).

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