Persistência de choques recentes levou BC a sinalizar nova alta de juro

Ata do Copom destaca deterioração na dinâmica inflacionária de curto prazo

Fachada do Banco Central do Brasil (Foto: Jorge William/Agência O Globo)
Fachada do Banco Central do Brasil (Foto: Jorge William/Agência O Globo)

Em sua justificativa para a sinalização da extensão do ciclo de alta de juros, o Banco Central afirmou que, durante as discussões sobre os próximos passos da política monetária, entendeu que apenas manter a Selic em patamar elevado por mais tempo não seria suficiente para levar a inflação e as expectativas do mercado à meta no próximo ano.

Isso é o mostra a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada ontem. Segundo o documento, foram consideradas as hipóteses de indicar para o encontro de agosto a manutenção de juros altos por mais tempo ou de elevar a taxa Selic a um patamar mais alto ao fim do ciclo de aperto monetário.

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Na última quarta-feira, o Copom elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano, e sinalizou novo ajuste de igual ou menor magnitude para a reunião de agosto. A estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do chamado horizonte relevante – período para o qual o BC entende que a política monetária tem efeito -, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos.

Atualmente o Copom mira integralmente a meta de inflação de 2023. Em estudos feitos pelo BC, a política monetária age com defasagem de 18 a 24 meses – então, na próxima reunião, 2024 entra no horizonte da autoridade, ainda em menor grau.

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