Otan inicia reuniões emergenciais sobre a invasão russa na Ucrânia

O presidente americano Joe Biden participará de três delas e concederá uma entrevista coletiva no final da tarde

Forças militares ucranianas movem mísseis fabricados pelos EUA em Kiev (Foto: Sergei Supinski/AFP)
Forças militares ucranianas movem mísseis fabricados pelos EUA em Kiev (Foto: Sergei Supinski/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes mundiais abriram na manhã desta quinta-feira (24) a primeira de três cúpulas de emergência da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Bruxelas para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A cúpula começou com um aviso do secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, de que será preciso ampliar a defesa coletiva para responder a uma “nova realidade de segurança” na Europa.

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“Nós nos reunimos em um momento crítico para nossa segurança”, disse Stoltenberg, dirigindo-se aos líderes sentados em uma grande mesa redonda. “Estamos unidos em condenar a agressão não provocada do Kremlin e em nosso apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia.”

O secretário-geral da Otan disse que a reunião discutirá medidas para aumentar a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, e fazê-lo negociar uma solução diplomática pela guerra.

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Stoltenberg disse que a Otan está “determinada a continuar impondo custos à Rússia para conseguir o fim desta guerra brutal”.

Ao longo desta quinta-feira, Bruxelas sediará, além da reunião emergencial da Otan, uma cúpula dos líderes do G7 e um encontro da União Europeia (UE). Biden participará dos três eventos e concederá uma entrevista coletiva no final da tarde.

Biden chegou à capital belga na noite de ontem, com a esperança de convencer os aliados a adotar novas sanções à Rússia, que está vendo sua economia ser devastada por várias punições e boicotes introduzidos pelos países ocidentais.

Embora o Ocidente tenha se unido para punir a Rússia após a invasão da Ucrânia, os países reconhecem que essa unidade será testada à medida que cresce o impacto da guerra sobre a economia global.

A crise energética exacerbada pela guerra será um dos principais temas da reunião da UE. Espanha, Portugal, Itália e Grécia estão entre os países que esperam uma resposta urgente e coordenada do bloco.

Autoridades europeias também disseram que buscarão ajuda dos EUA em um plano para ampliar os estoques de gás natural para o próximo inverno. Líderes da UE também querem que o bloco compre gás em conjunto, uma medida adotada, por exemplo, para adquirir vacinas contra a covid-19.

Além disso, reforço militar ao longo do flanco leste da Otan também deve pressionar as finanças dos governos da aliança. Vários países já anunciaram medidas para reforçar suas defesas depois da decisão de Putin de atacar o país vizinho.

“Precisamos fazer mais e, portanto, investir mais. Há um novo senso de urgência e espero que os líderes concordem em acelerar os investimentos em defesa”, afirmou Stoltenberg antes da cúpula.

Em paralelo, o presidente da Ucrânia, Volodymr Zelensky, pediu que os países ocidentais adotem “medidas significativas” para reforçar as defesas de seu país contra a invasão da Rússia.

“A liberdade deve ser armada”, afirmou Zelensky em um discurso em vídeo. “O céu ucraniano não foi protegido contra mísseis e bombas russas. Não recebemos aeronaves e armas antimísseis modernas. Não recebemos tanques e equipamentos antinavios.”

Zelensky tem insistido que a Otan estabeleça uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, um movimento já descartado pela aliança militar e pelos EUA. O Ocidente argumenta que isso colocaria a Otan em confronto direto com a Rússia, o que poderia provocar uma nova guerra mundial.

(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)

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