Os 10 CEOs de bancos com mais seguidores no LinkedIn
Perfis são basicamente institucionais e chegam a ter 300 mil seguidores. Veja a lista
Após três anos como CEO do Itaú no Chile, Milton Maluhy voltou ao Brasil, em 2019, para assumir o cargo de CFO do banco no país. Foi aí que intensificou sua presença digital no LinkedIn, a rede social profissional.
“Nessa nova cadeira, uma de minhas atribuições era liderar o processo de comunicação dos resultados da organização, e o LinkedIn se mostrou um canal bastante efetivo para conversarmos com os diferentes públicos com os quais nos relacionamos, incluindo colaboradores, investidores e a sociedade”, conta.
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“Quando me tornei CEO do banco em fevereiro de 2021 [cargo que ocupa hoje], o desafio de manter essa comunicação ativa e transparente só aumentou.”
Maluhy é um dos CEOs de instituições financeiras com mais seguidores no LinkedIn. São mais de 44 mil. Suas postagens são, principalmente, institucionais, ligadas a notícias do próprio Itaú. “Procuro postar sobre assuntos que considero relevantes e que também possam interessar quem me segue na plataforma, como colegas do banco, pessoas que querem trabalhar com a gente, clientes e outros contatos”, explica. “Portanto, é natural que muitos dos temas que publico estejam relacionados ao banco.”
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Ele diz não haver uma regra ou caminho único para a produção dos posts. “As ideias surgem a partir de minhas experiências e observações no dia a dia e também de sugestões de colegas e de áreas internas, incluindo a que administra o perfil institucional do banco no LinkedIn.”
Em um levantamento realizado pelo Valor com base nas 50 maiores instituições financeiras classificadas pelo Valor 1000, Maluhy é o quinto CEO de banco com mais seguidores (veja lista abaixo). No topo aparece Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, que reúne mais de 384 mil seguidores em seu perfil no LinkedIn.
Na sequência estão Sergio Rial, do Santander, com mais de 313 mil seguidores, e David Vélez, que também lidera o Nubank, com 147 mil. Todos os perfis têm similaridades, e concentram postagens institucionais – ao contrário de CEOs de outras áreas, como Florian Hagenbuch, da Loft, e Fabricio Bloisi, do iFood, que compartilham publicações mais pessoais.
“Além de engajar nossos próprios colaboradores na plataforma em torno de temas relevantes para o Itaú Unibanco, acredito que essa presença ativa contribui também para aproximar outros públicos de nós”, diz Maluhy. “É uma forma de humanizar a comunicação do banco e levar aos diferentes públicos um pouco da nossa cultura corporativa. A palavra da alta liderança tem bastante peso em determinadas situações, mas ela não pode se fazer presente apenas de maneira oportunista e pontual, quando é conveniente. Essa constância e transparência é justamente o que constrói relevância e credibilidade.”
Maluhy conta que, em março do ano passado, ao tomar “uma decisão dura e que teve ampla repercussão pública”, passou por um momento mais delicado com seu perfil na rede social. “Mas foi [uma decisão] absolutamente alinhada aos nossos valores e ética organizacional”, diz. Na ocasião, o Itaú demitiu alguns funcionários do banco que solicitaram, de forma indevida, o auxílio emergencial pago pelo governo federal durante a pandemia do coronavírus.
“A comunicação da decisão foi feita, também, no meu perfil do LinkedIn”, relembra. “Houve grande engajamento nesse post, com milhares de interações e comentários, a maioria favorável à medida. Mas também houve críticas sobre o rigor da decisão. Lidar com críticas também faz parte do jogo no ambiente das redes.”