Opep+ recomenda corte na produção; petróleo sobe
Redução sinaliza que o cartel não irá tolerar a queda nos preços
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiram cortar a produção do grupo em 100 mil barris diários, segundo fontes próximas. É o primeiro corte anunciado pelo grupo – que está reunido nesta segunda-feira em Riad – em cerca de um ano em meio a temores de uma recessão global em um momento em que o Irã poderá voltar ao mercado com a assinatura de um acordo nuclear com os países do ocidente.
O corte reflete a preocupação dos produtores com uma potencial desaceleração econômica, que já derrubou os preços do Brent em 25% nos últimos três meses. Desde o início do ano, contudo, Brent ainda registra alta de 30% e o WTI de 26%.
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Temores de escassez de petróleo depois da invasão da Ucrânia levou os preços a subirem para um nível acima de US$ 100, mas a recente queda fez com que a organização e seus aliados optassem por uma redução na produção.
O pequeno corte irá reverter o aumento de 100 mil barris prometido pela Opep+ ao presidente americano Joe Biden no mês passado, quando Biden visitou a Arábia Saudita. O aumento prometido a Biden teria como objetivo ajudar os EUA a controlarem a alta da inflação.
Às 9h51, o Brent – referência mundial – para novembro subia 3,72% a US$ 96,47 e o WTI – referência para os EUA – para outubro subia 3,50% a US$ 95,00.