O que deve fazer o PIB do Brasil crescer acima de 2% em 2024, segundo o FMI

Fundo melhorou a estimativa de expansão da economia do país neste ano de 1,7% para 2,2%

Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters
Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

O Fundo Monetário Internacional (FMI) continua mostrando maior otimismo com a economia brasileira neste ano. O organismo acaba de elevar novamente a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2,2% neste ano contra estimativa anterior de alta de 1,7%, conforme o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira (16).

No ano passado, a economia brasileira cresceu 2,9%.

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“No Brasil, espera-se que o crescimento modere para 2,2% em 2024, devido à consolidação fiscal, aos efeitos defasados da política monetária ainda restritiva e a uma menor contribuição da agricultura”, diz o Fundo, no relatório.

No ritmo projetado pelo FMI, o Brasil deve apresentar expansão acima da região da América Latina e do Caribe, cuja estimativa aponta expansão de 2% em 2024.

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Ficará aquém, contudo, do avanço esperado para as economias emergentes e em desenvolvimento e do crescimento econômico global neste ano, de 4,2% e 3,2%, respectivamente, conforme as novas projeções do Fundo, divulgadas nesta terça.

Para 2025, o FMI também melhorou a sua estimativa e agora vê alta de 2,1% do PIB do Brasil contra previsão anterior de aumento de 1,9%.

Ainda assim, o cenário traçado pela organização, com sede em Washington DC, nos Estados Unidos, é de desaceleração da maior economia da América Latina.

Inflação e juros

Quanto à inflação, o FMI prevê contínua melhora dos preços. O Fundo espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,1% em 2024 e 3,0% no ano seguinte. Em 2023, o indicador ficou em 4,6%.

Já o índice de desemprego no Brasil deve se manter estável em 8% neste ano e se reduzir para 7,9% em 2025.

Sobre a política monetária, o FMI destaca que o Brasil e outros países latinos como o Chile se anteciparam à alta de juros e, portanto, estão conseguindo cortar as taxas mais cedo que os países desenvolvidos.

“Os bancos centrais que aumentaram as taxas diretoras anteriormente, incluindo os do Brasil e do Chile, já as reduziram substancialmente desde o segundo semestre de 2023”, avalia o Fundo.

Apesar disso, gráfico publicado pelo organismo no WEO mostra que os juros no Brasil seguem mais altos do que no resto do mundo, como aqueles praticados em outras economias emergentes e em desenvolvimento e em países ricos como os Estados Unidos e da zona do euro.

Com informações do Estadão Conteúdo

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